Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo, 9, mostra que para 44% da população o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) é considerado ótimo ou bom. A nova gestão paulista completa, nesta segunda-feira, 100 dias de governo. Outros 11% dos entrevistados acham a gestão ruim ou péssima. Segundo o levantamento, 39% responderam que a administração é regular.
As expectativas, no entanto, não foram atendidas para 45% dos paulistas, que acreditam que o novo gestor fez menos pelo Estado do que o esperado. Cerca de 37% dos entrevistados acredita que Tarcísio fez exatamente o que era esperado e 12% avaliam que ele fez mais.
Tarcísio foi eleito para comandar o Estado de São Paulo com mais de 12 milhões de votos e conquistou a vaga na esteira de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. A massa de apoiadores do ex-ministro de infraestrutura se concentra, principalmente, no interior, onde saiu vitorioso das urnas nas eleições passadas. De acordo com a pesquisa, a aprovação na região chega a 47%, enquanto na área metropolitana, protagonizada pelo seu adversário, Fernando Haddad, fica em 41%.
Tarcísio assumiu o novo cargo a fim de se tornar um símbolo mais moderado do bolsonarismo e, assim que venceu as eleições, quebrou o protocolo e abriu diálogo com a oposição, em clara tentativa de se distanciar de uma imagem extremista.
O Datafolha ouviu 1.806 pessoas de 16 anos ou mais, em 65 municípios paulistas. Foram entrevistas presenciais, na semana passada, de segunda, 3, a quarta-feira, 5. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.
Agenda de privatizações
Como mostrou o Estadão, desde que tomou posse Tarcísio busca uma marca própria de privatizador. Para tirar as desestatizações do papel, o governador lançou uma carteira de projetos de venda de ativos e ainda deu início ao processo de privatização da Sabesp. No último mês, o governador viajou para a Europa com o objetivo de angariar financiamento e sustentação para os projetos no Estado.
A venda da Sabesp seria uma marca para a imagem de Tarcísio, cotado para ser o próximo candidato à presidência nas eleições de 2026. A movimentação, inclusive, poderia significar um aumento de R$ 40 bilhões no caixa do governo e a pauta é trabalhada com afinco pelo governador, que já prometeu benefícios às prefeituras com a venda da empresa.