A comissão responsável pelo Concurso Público da Guarda Civil Municipal de Apucarana espera definir o futuro do certame até a próxima semana, quando deve encerrar as investigações sobre as denúncias de possíveis irregularidades.
As próximas fases do concurso permanecem suspensas, depois que surgiram denúncias dando conta de que teriam ocorrido inscrições indevidas de candidatos ligados ao antigo comandante da Guarda Municipal e então presidente da comissão do concurso, Alessandro Carletti. Ele foi afastado da comissão e, nesta semana, também foi exonerado do cargo de comandante da Guarda e passa a responder a uma sindicância aberta para apurar a conduta.
O certame teve 3.293 candidatos homologados, sendo 630 mulheres e 2.663 homens, que disputam as 25 vagas disponíveis.
O advogado e servidor público Rubens França, que assumiu a presidência da comissão organizadora do concurso, informou que os quatro membros da comissão já fizeram várias reuniões para apurar as denúncias de irregularidades e espera poder deliberar sobre o caso até o final da próxima semana. A comissão, que conta ainda com a advogada Polyane Denobi, do quadro da Procuradoria Jurídica da Prefeitura, e dos guardas municipais Jeferson Zanon e Claudinei Cândido, já realizou a oitiva de Carletti, que foi denunciado por ter permitido que pessoas ligadas a ele participassem do concurso.
Sem dar detalhes sobre o conteúdo do depoimento, Rubens França informou que a comissão vem realizando outras checagens e ainda não definiu se serão necessários outros depoimentos. “Estamos trabalhando nesse caso, verificando e esperamos definir isso até a semana que vem”, disse.
SINDICÂNCIA
De outro lado, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Apucarana confirmou nesta quinta-feira que uma comissão de sindicância que vai apurar a conduta do servidor Alessandro Carletti já foi nomeada nesta quarta-feira (25) e iniciou os trabalhos. Seus integrantes não foram revelados.
Uma fonte da Prefeitura confirmou também que três pessoas ligadas a Carletti teriam participado da prova realizada no último dia 15 de maio. Essas pessoas seriam duas mulheres, noiva e cunhada do ex-comandante da Guarda Municipal, e um irmão dele. A participação de familiares de Carletti no certame é vetada pelo edital do próprio concurso e pela Constituição Federal.
O prefeito Júnior da Femac (PSD) exonerou Alessandro Carletti do cargo de comandante da corporação, conforme publicação desta quarta-feira (25), no Diário Oficial. O afastamento dele foi anunciado ainda na quinta-feira da semana passada pela administração municipal, quando também se anunciou a abertura de uma sindicância para apurar a conduta do servidor no concurso público.