O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) classificou como "ataque absurdo" as declarações do pastor Silas Malafaia sobre seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Malafaia criticou o comportamento "dúbio" do ex-capitão do Exército nas eleições às prefeituras de São Paulo e Curitiba, nas quais o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), respectivamente, concorrem com apoio do PL, que conta com as candidaturas a vice de cada chapa.
"Entra nas redes sociais de Bolsonaro e dos filhos dele. (Durante) Toda a campanha, não teve uma palavra de apoio ao Nunes. É como se a eleição de São Paulo não existisse. Que conversa é essa? Bolsonaro é um líder e eu continuo apoiando ele, mas errou estupidamente", disse o religioso ao Estadão nesta terça-feira, 8. "Que líder é esse? Sinal dúbio para o povo? Líder toma frente, líder dá a direção", disparou o pastor.
Nas redes sociais, o vereador destacou a importância de Silas nas "pautas da liberdade dos presos políticos e suas derivações" e que sem ele "muito da anistia não estaria andando na Câmara Federal", mas criticou a posição do religioso em relação a seu pai.
"Tem meu respeito mesmo que esteja extremamente irritado por algum motivo e cometa alguns equívocos, agora atacando de forma absurda meu pai. Desejo do fundo do meu coração muita paz e saúde. Um forte abraço", publicou.
Além de Carlos, o advogado e assessor do ex-presidente, Fábio Wajngarten, também saiu em defesa de Bolsonaro.
"Roupa suja se lava em casa, e não em público", disse Wajngarten ao Estadão. "O presidente Bolsonaro fez o que tinha que ser feito, no momento certo, e foi decisivo para o cenário em São Paulo. Se não fosse Bolsonaro, Ricardo Nunes não estaria no segundo turno."
De acordo com o ex-secretário de Comunicação Social do governo de Bolsonaro, a campanha presidencial de 2026 passa pela vitória de Ricardo Nunes contra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).
"Foram decisivos Tarcísio (de Freitas) e (Silas) Malafaia, cada um na sua função, como um time de futebol que não ganha só com atacantes", disse o ex-secretário. "A fase agora é de distensionamento e, sem orgulho e vaidade, vamos juntos vencer a extrema esquerda em São Paulo. 2026 já começou e precisamos ser mais racionais que emotivos."