Nesta quinta-feira (29), a três dias da posse, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fechou a lista de 37 ministros que irão compor o novo governo. Além de Simone Tebet (MDB-MS) e Marina Silva , os nomes anunciados mostram o espaço que o centrão — com MDB, PSD e União Brasil— deverá ter na futura gestão.
Com algumas surpresas nas indicações, veja a seguir os 16 nomes anunciados:
- Agricultura: senador Carlos Fávaro (PSD-MT)
- Cidades: empresário Jader Filho (MDB)
- Comunicações: deputado Juscelino Filho (União Brasil-MA)
- Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar: deputado Paulo Teixeira (PT-SP)
- Esportes: ex-jogadora de vôlei Ana Moser
- GSI (Gabinete de Segurança Institucional): general Gonçalves Dias
- Integração e Desenvolvimento Regional: governador Waldez Góes (PDT-AP)
- Meio Ambiente: deputada eleita Marina Silva (Rede-SP)
- Minas e Energia: senador Alexandre Silveira (PSD-MG)
- Pesca e Aquicultura: deputado André de Paula (PSD-PE)
- Planejamento e Orçamento: senadora Simone Tebet (MDB-MS)
- Povos Indígenas: deputada eleita Sônia Guajajara (PSOL-SP)
- Previdência Social: ex-ministro Carlos Lupi (PDT)
- Transportes: senador eleito Renan Filho (MDB-AL)
- Turismo: deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ)
- Secom (Secretaria de Comunicação Social): deputado Paulo Pimenta (PT-RS)
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Lula dedicou a última semana para fechar essa matemática. Com uma frente ampla em torno de seu nome na eleição, o futuro presidente teve de incluir também as chamadas "cotas parlamentares" em seu governo, para facilitar a relação com o Congresso.
Assim, partidos como o União Brasil, de oposição histórica ao PT, ganharam seu espaço, e MDB e PSD, que apoiaram parcialmente a chapa de Lula, conseguiram uma barganha maior.
As vagas do União Brasil foram fechadas aos 45 do segundo tempo, em negociações que duraram até a manhã de hoje. O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), líder do partido no Senado e um dos articuladores do acordo, participou da cerimônia. O União Brasil também é a legenda do ex-juiz Sergio Moro, senador eleito pelo Paraná e inimigo político de Lula.
Já no MDB, a consolidação de duas pastas de orçamento robusto, além do Planejamento, pode ser considerada uma vitória, que, numa queda de braço com o PT e partidos aliados, conseguiu transformar a indicação de Tebet em "cota pessoal" de Lula.
Por outro lado, alguns aliados, como o Solidariedade e PV, acabaram não sendo contemplados —ou tiveram uma participação menor do que a almejada, como o PSOL.
Fonte: Informações UOL.