O vereador Aldivino Marques, o “Val” (PSC), de Apucarana,reagiu nesta quarta-feira (20) com surpresa à ordem judicial, emitida na terça-feira (19) pela juíza Márcia Pugliesi Yokomizo, a fim de que seja recolhido um informativo de sua autoria.
Segundo Val, o informativo foi produzido por sua assessoria e trata apenas de assunto de interesse público, mais especificamente da discussão em torno da licitação para contratação da empresa que vai explorar o transporte coletivo no município nos próximos 20 anos.
“Minha assessoria já produziu e distribuiu vários informativos, sem qualquer problema. É estranho que agora a Justiça, a pedido do Ministério Público, tenha tomado esta iniciativa, pois no meu entendimento isso cerceia a minha liberdade de expressão”, assinala o vereador.
Val lembra que senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores do Paraná e de outros estados têm publicado informativos próprios, além de manter páginas na internet e de se utilizarem de e-mail e de redes sociais para prestar contas do mandato que conseguiram nas urnas.
A mesma decisão trata a respeito de alguns painéis espalhados pela cidade, com a foto do vereador, na qual ele agradece à população pelo reconhecimento a uma de suas empresas, em recente pesquisa de Top de Marcas. A Justiça teria acatado denúncia de “propaganda eleitoral extemporânea”. “Foi uma forma gentil de agradecer aos que votaram na minha empresa. Isso é comum no meio corporativo”, defende-se o vereador.
Val disse ainda que o informativo foi bancado com recursos próprios, rodado em gráfica de sua propriedade e que toda a tiragem já havia sido distribuída até o início da semana passada. “Mesmo assim, vamos nos defender na Justiça para que não haja nenhuma multa e por entendermos que não há qualquer irregularidade em prestar contas e em debater com a população os problemas do município”, finaliza o vereador.