Deputado do PR anuncia candidatura à presidência da Câmara

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 26/01/2011
Sandro Mabel está se dedicando a ganhar votos dos colegas

O deputado Sandro Mabel (PR-GO) lançou nesta terça-feira (25) a sua candidatura à Presidência da Câmara para o biênio 2011-2012. Líder do partido na Casa, ele se afastou de suas funções para se dedicar exclusivamente à busca de voto entre os outros 512 colegas de parlamento.
 

“A partir de hoje, entro na luta. Vou ser o próximo presidente dessa Casa, com muita fé em Deus. A Casa vem num ritmo de alguns anos e precisamos dar uma sacudida em algumas coisas”, afirmou Mabel, em entrevista coletiva, na manhã desta terça, no Congresso.
 

A candidatura de Mabel é avulsa e não tem sequer o apoio do seu próprio partido, que já fechou acordo para apoiar o candidato do PT, deputado Marco Maia (RS). O gaúcho foi escolhido pelos petistas, em acordo com os peemedebistas, para ser uma espécie de candidato de consenso entre as duas maiores bancadas da Câmara. Outros partidos da base, como o PDT e o PCdoB, já oficializaram posição favorável a Maia.

A eleição da mesa diretora da Casa vai ocorrer no dia 1º de fevereiro. Mesmo com toda a articulação em torno do nome do petista, que é o atual presidente da Câmara, Mabel diz que teria pelo menos 130 votos, se a eleição fosse hoje. Para ser eleito, o deputado precisa ter o mínimo de 257 votos entre 513 deputados.
 

“É uma candidatura avulsa, até porque o nosso partido faz parte do acordo de participação na mesa. Mas vamos fazer reuniões com algumas bancadas, estamos fazendo, freneticamente, muitas ligações e estamos trabalhando para ver essa condição de disputar essa eleição”, disse Mabel.
 

Para convencer a maioria dos colegas, Mabel aposta na fama de administrador e afirma que a gestão da Câmara precisa mais da experiência de um administrador do que as habilidades de um político: “Tenho experiência de estar no quinto mandato parlamentar, e ter uma experiência de administrar, que é importante para a Casa.”
 

O deputado goiano também justifica o lançamento do seu nome como uma forma de estimular o debate no parlamento. “Uma candidatura única num parlamento? Acho que [no processo eleitoral] precisa conversar, precisa ter compromisso, discussão de ideias, não se pode ter apenas uma candidatura numa casa que é a casa do debate”, argumentou.