Apucaranenses comemoram com fogos a condenação de Lula

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 24/01/2018
Moradores saíram as ruas após divulgação do resultado (Foto: Delair Garcia)

Logo após o fim do julgamento que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apucaranenses soltaram fogos de artifício para comemorar o resultado na tarde desta quarta-feira (24). Alguns críticos do petista saíram as ruas com bandeiras e até um "pixuleco". 

Por unanimidade, os três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) votaram nesta quarta-feira  em favor de manter a condenação e ampliar a pena de prisão de Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP).

Votaram o relator do processo, João Pedro Gebran Neto, o revisor, Leandro Paulsen e o desembargador Victor dos Santos Laus. O julgamento durou 8 horas e 15 minutos (além de uma hora de intervalo). Os três desembargadores decidiram ampliar a pena para 12 anos e 1 mês de prisão, com início em regime fechado. O cumprimento da pena se inicia após o esgotamento de recursos que sejam possíveis no âmbito do próprio TRF-4.

Foto por Reprodução

Laus, terceiro a proferir seu voto, disse que se esperava um outro tipo de atitude de Lula e que o petista pode ter confundido sua posição de presidente da República com a de um presidente de "agremiação partidária".

As provas mostram que Lula "auferiu benefícios", falou o juiz. O voto de Laus caminha para um tom mais crítico ao ex-presidente, indicando no momento um placar de 3 a 0 pela confirmação da condenação. Ele está falando há uma hora.

Laus, disse que, no caso dos funcionários da OAS, cada depoimento trouxe um elemento a mais de prova para o processo.

Ele afirmou que o depoimento do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, não pode ser desqualificado apenas por ser réu na ação. Pinheiro fez uma série de acusações contra Lula em audiência no ano passado.

O juiz abriu sua fala defendendo o trabalho e a legitimidade do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

As falas ocorrem um dia depois de o ex-presidente reunir lideranças petistas e milhares de pessoas no centro de Porto Alegre em um ato crítico à Justiça.