ANNA VIRGINIA BALLOUSSIER, ENVIADA ESPECIAL
SHENZHEN, CHINA (FOLHAPRESS) - O DEM "não deveria" prescindir de uma "parceria histórica" com o PSDB, disse nesta quinta-feira (27) o prefeito de São Paulo, João Doria.
Ele reagia à declaração em que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rejeitou o apoio do seu partido a um presidenciável tucano em 2018.
Após se reunir com líderes do DEM, no começo da semana, Maia disse ao site "Poder 360" que "o DEM não tem condições de apoiar o PSDB para presidente".
Na China, onde viaja em busca de investimentos e doações, Doria afirmou que vai "pessoalmente trabalhar para que se mantenha" a aliança entre as duas siglas.
O prefeito reconheceu que o DEM vem ganhando "força e musculatura", mas se disse confiante no "bom senso" do presidente da Câmara.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB), seu padrinho político, já tinha se manifestado sobre a fala de Maia. "É natural que cada partido queira ter candidato próprio, é legitimo", afirmou na noite de quarta (26).
Nos bastidores, tucanos receiam que, se virar presidente interino numa eventual queda de Michel Temer, Maia se fortaleça para tentar a reeleição em 2018.