BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O empresário Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo baiano, disse em delação premiada que, a pedido de Benjamin Steinbruch, diretor-presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), repassou R$ 14 milhões a Antônio Palocci e R$ 2,5 milhões a Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Steinbruch é também primeira vice-presidente da Fiesp.
O repasse teria sido feito "em razão de compromisso assumido" por Steinbruch com o PT, segundo a delação.
Como não há pessoas com foro privilegiado no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, enviou o material para a Procuradoria da República no Paraná.
Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), que tomou o depoimento de Marcelo Odebrecht, as declarações têm conexão com processos que correm no Paraná.
O STF tornou públicos os documentos relativos à delação da Odebrecht na noite desta terça (11).
Procurado desde quarta (12), Steinbruch não respondeu à reportagem.