'Vamos conceder a manutenção das ciclovias ao setor privado', afirma Doria

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 03/10/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse na manhã desta segunda-feira (3) que concederá a manutenção das ciclovias para o setor privado. "Terão direito a uma publicidade discreta, sem ferir a lei Cidade Limpa", afirmou no programa "Café com Jornal", da Band. Segundo ele, as ciclovias que funcionam bem serão preservadas.

Doria também prometeu que, assim que iniciada sua gestão, retomará as velocidades anteriores das marginais, reduzidas por Fernando Haddad (PT). "Não sou contra a redução de velocidade, mas é preciso olhar ponto a ponto para que haja fluidez." Para ele, a medida não aumentará o número de acidentes.

O tucano disse, ainda, que acabará com a "indústria da multa" e que a Guarda Municipal "vai voltar a proteger o patrimônio público, as escolas e as unidades públicas de saúde". O prefeito eleito lamentou as recentes "pichações" no Monumento às Bandeiras, próximo ao parque Ibirapuera, e disse que, em sua administração, os "pichadores" vão para a cadeia.

Quanto à questão das ocupações, Doria afirmou que a prefeitura não será condescendente com o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e outros grupos, que "teimam em ficar ocupando" e que colocará as pessoas em habitações populares. Ele ressaltou que é preciso desocupar as áreas de manancial. À BandNews FM, o prefeito eleito descartou a construção de novas creches. "É muito rápido e não tem tempo. A melhor alternativa é trabalhar com as organizações sociais, adaptando locais com rápidas reformas."

'NOVA POLÍTICA'

Em entrevista à radio Bandeirantes, Doria disse que não fará velha política e que esse discurso o ajudou a ser eleito. "Muitos dos votos também foram pelo desencanto com a política. O recado das pessoas foi que querem um gestor." Segundo ele, Haddad foi vítima do sentimento antipetista. "O PT desencantou primeiro na gestão, depois na ética. Nunca se roubou tanto. O assalto à Petrobras não tem equivalente em lugar algum, nem nas repúblicas africanas."

O tucano reafirmou que não haverá loteamento de cargos. "Partilha política para colocar gente ineficiente, não contem com o prefeito."