ATUALIZADA - Doria dispara e chega a 44%; Haddad sobe e 2º lugar tem empate, diz Datafolha

Autor: Da Redação,
sábado, 01/10/2016

THAIS BILENKY

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na véspera do primeiro turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo, pesquisa Datafolha mostra o candidato João Doria (PSDB) na liderança isolada, com 44% das intenções de votos válidos. Fernando Haddad (PT) alcançou 16% e está em empate técnico com Celso Russomanno (PRB), que também tem 16%, e Marta Suplicy (PMDB), com 14%.

Nas simulações de segundo turno, o tucano agora venceria os três oponentes com folga. Doria teria 54% contra 25% de Russomanno, 54% contra 29% de Marta e 59% contra 26% de Haddad.

Os votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, são os contabilizados nas urnas e por isso espelham melhor o cenário real da eleição. Doria está a seis pontos de levar no primeiro turno.

O levantamento, feito na sexta-feira (30) e no sábado (1º) com 4.022 pessoas, tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Luiza Erundina (PSOL) registrou 5% das intenções de votos válidos. Major Olímpio (SD) teve 2%, seguido por Levy Fidelix (PRTB) e Ricardo Young (Rede), com 1%. Henrique Áreas (PCO), Altino (PSTU) e João Bico (PSDC) não atingiram 1%.

CRESCIMENTO

Com o maior tempo de televisão, apoio do governador Geraldo Alckmin, que usou a máquina do Estado em favor do aliado, Doria disparou em um mês. No início de setembro, ele tinha 19% das intenções de votos válidos, subiu para 30% no dia 21, chegou a 35% no início desta semana e agora 44%.

Em intensidade menor, Haddad, que também se beneficiou da estrutura da prefeitura, chega em tendência de alta.

Tinha 11% há um mês, manteve o índice no levantamento seguinte, chegou a 13% no início desta semana e agora avançou para 16%.

Nesse período, Russomanno e Marta despencaram, de 32% para 16%, no caso dele, e de 25% para 14%, no dela.

Na reta final da campanha, o PT, sob comando do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, intensificou os ataques a Marta, vinculando a ex-petista ao presidente Michel Temer, acusado pela esquerda de querer tirar os direitos dos trabalhadores.

Um bom desempenho de Haddad na eleição, mesmo que não se saia vitorioso nas urnas, pode posicioná-lo como liderança em 2018 do PT, que vive uma grave crise com o envolvimento de seus principais quadros, Lula inclusive, em denúncias de corrupção.

No entanto, o Datafolha mostra que o prefeito não conseguiu diminuir a rejeição a seu nome ao longo da campanha. Ele ainda é descartado por 45% dos eleitores. Russomanno tem rejeição de 37%, Marta de 36% e Doria de 18%.