DANIELA LIMA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Numa segunda punição à campanha de Celso Russomanno (PRB), a Justiça Eleitoral concedeu direito de resposta à coligação de Marta Suplicy (PMDB) por considerar que o rival da peemedebista mentiu ao dizer que ela havia sido punida por exibir "montagem rasteira" em uma de suas publicidades.
Neste domingo (25), a Folha de S.Paulo mostrou que o juiz Márcio Teixeira Laranjo havia concedido liminar suspendendo a veiculação das peças de Russomanno contra Marta. Agora, foi o magistrado Danilo Barioni quem determinou o direito de resposta à candidata.
No despacho, o juiz demonstra inconformidade com o fato de Russomanno ter alegado na publicidade contra Marta que ela foi "punida pela Justiça" por conta da suposta "montagem rasteira. "Não houve punição de qualquer ordem, também, força de qualquer consideração judicial acerca da inadequação do conteúdo das ditas peças publicitárias", escreve Barioni. "Os representados [coligação de Russomanno], sabem disso. [...] Sabem exatamente o que ocorreu", continua o juiz.
"Fique Claro: a meu entender não haveria qualquer problema no fato de os representados adjetivarem a peça dos representantes [coligação de Marta] como 'montagem rasteira'. Interpretação deles. O que não poderiam, como voluntariamente fizeram [...] é estabelecer ligação consequencial com qualquer inibição emanada da Justiça, pois isto jamais ocorreu", conclui.
No comercial que foi suspenso, a campanha de Russomanno afirmava que a campanha de Marta havia sido punida por exibir uma montagem de uma fala dele sobre a reforma trabalhista. A peça da peemedebista exibia o candidato do PRB dizendo que se falasse o que realmente pensava sobre a reforma trabalhista, sua candidatura naufragaria.