Debate entre Beto e Osmar na Banedirantes foi tranquilo

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 13/08/2010
O debate na TV Bandeirantes contou com todos os candidatos a governador, incluindo os de partidos nanicos

As privatizações do governo Lerner, principalmente a venda do Banestado, as drogas, especialmente o crack, a ocupação da terra, o pedágio e a violência foram os temas mais abordados no primeiro debate entre os candidatos ao governo do Paraná, ontem à noite na TV Bandeirantes.
 

No primeiro bloco, os candidatos - Avanilson Alves (PSTU), Osmar Dias (PDT), Beto Richa (PSDB), Amadeu Felipe (PCB), Robinson de Paula (PRTB), Paulo Salamuni (PV) e Felipe Bergman (PSOL) - deveriam responder à pergunta porque queriam governar o Estado.
 

O segundo bloco foi destinado a perguntas de entidades de classe. Amadeu Felipe que criticou o latifúndio e disse que a propriedade não é um bem divino. A pergunta da entidade da educação sobre concursos públicos a Felipe Bergman foi respondida que em seu governo não terá terceirização porque isto é malandragem para dar dinheiro a pessoas fora da educação.
 

O presidente da Fiep indagou sobre as metas do milênio e Robinson de Paula respondeu que ia montar um projeto de Zona Franca no Paraná. O SindSaude questionou Osmar sobre a aplicação do mínimo previsto para o setor.
 

O candidato disse que no Estado, se levasse em conta os recursos aplicados em programas como leite da criança, este índice estava sendo investido. A pergunta da Fecomércio para Avanilson foi respondida sobre o endividamento público, que atinge cifras bilionárias.
 

A representante da CUT indagou a Beto Richa o que ele achava da proposta de educação integral. Beto disse que era favorável. Ao responder sobre superpopulação carcerária, Salamuni disse que ia reduzir cargos em comissão para sobrar dinheiro e combater o problema.
 

No terceiro bloco, Avanilson questionou Beto sobre o fato de o tucano ter pertencido à base de apoio do ex-governador Jaime Lerner e ser conivente com a venda do Banestado, da Sanepar, com a tentativa de vender a Copel e a implantação do pedágio.
 

Beto disse que votou a favor da venda do banco porque ele estava em situação difícil. Disse que era contra a venda da Copel. Avanilson, na réplica, disse que Beto defendia a privatização e que ainda defende interesses dos grandes capitalistas.
 

Em seguida, Amadeu Felipe indagou Osmar Dias sobre propostas para a reforma agrária e relações com o MST. Osmar respondeu sobre assentamentos feitos quando secretário da Agricultura e defendeu o direito de propriedade, embora com assentamento em terras improdutivas.
 

Beto Richa aproveitou a pergunta sobre Saúde a Amadeu Felipe para dizer que ia cumprir os 12% de investimento em Saúde, enquanto o candidato do PCB falou sobre a importância de ter vacinas para todas as crianças.
 

Quando chegou a vez de Osmar fazer perguntas a Avanilson, ele indagou: “Você votaria pela privatização do Banestado ou não?”. Avanilson criticou o governo Lerner, que iniciou o processo de privatização do Banestado, e também criticou o governo Requião por não enfrentar o problema do pedágio.

Na réplica Osmar disse que quem teve a oportunidade de defender a empresa pública e não fez não poderia agora dizer que ia respeitar a empresa pública. No quarto bloco, Avanilson indagou a Robinson o que ele iria fazer para criar novos empregos.
 

Robinson voltou a insistir na criação da Zona Franca. Osmar indagou a Salamuni as propostas para combater o crack. Salamuni falou de Marina Silva e permitiu a Osmar na réplica falar de sua proposta de criar cinco clínicas para atacar o problema.
 

Na tréplica Osmar falou sobre iniciativas para combater a entrada da droga nas fronteiras e nas escolas. Felipe questionou Osmar sobre transparência e uso de funcionários de políticos em campanha.
 

Osmar disse que todos os seus funcionários no Senado foram exonerados para trabalhar na campanha. No final do bloco, Beto Richa disse que a venda do Banestado teve participação de integrantes do PDT e do PMDB e fez a defesa de sua coligação, ao ser questionado por Paulo Salamuni, que apontava “hecatombe moral” da política paranaense.