Pastoral política orienta pré-candidatos em Apucarana

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 08/07/2016
A reunião, que discutiu o papel do cristão leigo na política, também marcou a entrega de uma cartilha aos pré-candidatos a cargos eletivos. Foto: Sérgio Rodrigo

Cerca de quarenta pré-candidatos, de diversas vertentes religiosas, participaram ontem de um encontro promovido pela Pastoral Fé e Política em Apucarana. A reunião, que discutiu o papel do cristão leigo na política, também marcou a entrega de uma cartilha aos pré-candidatos a cargos eletivos. O material, confeccionado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), regional Paraná, foi distribuído pelo bispo diocesano dom Celso Antônio Marchiori. 

São 200 mil cartilhas no total, sendo três mil exemplares para a Diocese de Apucarana. A discussão, segundo dom Celso, acontece em um momento oportuno com os pré-candidatos, para que a Igreja passe suas orientações em relação à política. 

“Desejamos que aqueles que vão nos representar sejam servidores do povo. Que não se sirvam da política em benefício próprio”, ressaltou. O religioso observa que a cartilha traz orientações básicas sobre ética, legislação eleitoral, como deve agir os eleitores e os candidatos, além de motivar as pessoas a participarem deste momento decisivo, que são as eleições. 

“É preciso elevar o conceito da política, que está negativo, para que passe a ser vista como um valor essencial para a sociedade”, diz. Para o coordenador diocesano da Pastoral Fé e Política, padre Geraldino de Proença, o objetivo é conscientizar o povo sobre o envolvimento político e também a descrença atual na política. 

“Percebemos, inclusive, que algumas lideranças, que são políticos ou pré-candidatos, estão desmotivadas a participar. A gente espera, a partir deste encontro, que tenham uma motivação maior, para que não renunciem, não deixem a política para quem é “profissional””, frisa. 

Sobre a participação nas eleições de religiosos ordenados, dom Celso reiterou a orientação da CNBB. “Nós não fomos ordenados para sermos políticos partidários. A igreja não é partidária. Nós não apoiamos partidos. Nós apoiamos a política, mas não a política partidária. Quem tem partido são os cidadãos”, esclarece. (VANUZA BORGES)