Ninguém foi mais austero na economia que o Lula, diz Haddad

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 26/02/2016

MARCO ANTÔNIO MARTINS
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), defendeu nesta sexta (26) que o governo federal se preocupe com o crescimento econômico antes de pensar no ajuste fiscal.
"Não estamos pedindo uma ruptura. Em parte, o governo já está fazendo algo. O ajuste fiscal é uma consequência do crescimento, não devemos fazer o ajuste para crescer. Precisamos equacionar isso", disse o prefeito.
Haddad está no Rio para o seminário que discute rumos para o PT (Partido dos Trabalhadores) no momento em que a legenda completa seu 36° aniversário. No início da noite, o diretório nacional apontou caminhos para a economia defendendo inclusive o retorno da CPMF.
"Ninguém foi mais austero na política econômica do que o presidente Lula. O presidente foi quem mais gerou superávit na história do Brasil, mas fez num ambiente de crescimento econômico e social. A responsabilidade fiscal não é inimiga do emprego", afirmou Haddad.
O prefeito disse ainda que o país não pode ficar paralisado enquanto ocorrem denúncias e investigações como a Lava Jato.
"A crise política está estressando demais o ambiente econômico. Nós temos que nos preocupar com a economia. A população não pode sofrer enquanto aguarda os políticos se entenderem", disse.
Neste sábado (27) o seminário continua em um hotel no Centro do Rio. À tarde haverá uma festa na zona portuária da cidade.
Até as 22h permanecia indefinida a presença da presidente Dilma Rousseff no evento. Na agenda da presidente estão previstos uma série de encontros no Chile e o retorno para Brasília, às 21h, sem escala no Rio.
"Não tenho conhecimento da agenda da presidente. Sinceramente não sei", afirmou Fernando Haddad.