Braço-direito de Dilma há mais de uma década é exonerado do cargo

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 01/02/2016

GUSTAVO URIBE E FLÁVIA FOREQUE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Considerado o principal braço-direito da presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, o assessor especial da Presidência da República Anderson Dorneles foi exonerado do cargo nesta segunda-feira (1º).
A sua saída foi publicada no Diário Oficial da União e, para o seu lugar, foi nomeado o jornalista gaúcho Bruno Gomes Monteiro, ex-chefe de gabinete da Secretaria de Políticas para as Mulheres.
No final do ano passado, o assessor especial pediu para deixar o cargo para voltar a morar no Rio Grande do Sul, onde se casará em março deste ano.
A sua saída ocorre após a divulgação de que o auxiliar é sócio de um bar no estádio do Beira-Rio, em Porto Alegre, o que causou preocupação ao Palácio do Planalto.
A arena esportiva foi reformada pela empreiteira Andrade Gutierrez, a qual é investigada pela Operação Lava Jato por suspeitas de corrupção em obras da Copa do Mundo de 2014.
Com a petista desde o início da década de 1990, quando ela presidia a Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul, Anderson Dorneles era o responsável por carregar o celular e o tablet da presidente, bem como fazer ligações a ministros quando a petista precisava falar com eles.
O assessor era um dos poucos auxiliares da petista que contavam com sua confiança absoluta e que tinha a liberdade de participar com ela de reuniões confidenciais.
Na biografia "A vida quer é coragem", escrita pelo jornalista Ricardo Batista Amaral, o assessor é chamado de o "mensageiro" da presidente.