Jaques Wagner acusa Eduardo Cunha de manobras pró-impeachment

Autor: Da Redação,
terça-feira, 05/01/2016
Jaques Wagner acusa Eduardo Cunha de manobras pró-impeachment  - Foto: Arquivo-imagem ilustrativa

FLÁVIA FOREQUE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Jaques Wagner (Casa Civil) usou as redes sociais para criticar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na tramitação do impeachment, e mostrou confiança no resultado do processo.
"Vamos obter muito mais dos que os 171 votos necessários para barrá-lo porque esse processo, que nasceu como um instrumento de vingança, não tem fundamentação jurídica para seguir em frente", disse o petista.
Ele ainda elogiou a posição do STF (Supremo Tribunal Federal) a respeito do trâmite do caso, ao afirmar que a Corte anulou "as manobras regimentais do presidente da Câmara".
"Eu, a presidenta Dilma e todo o governo estamos confiantes de que o processo de impeachment não sobreviverá aos primeiros testes na Câmara", concluiu.
Um dos principais auxiliares de Dilma, Wagner voltou a reconhecer falhas do governo na condução da economia nacional.
"Temos plena consciência de alguns erros que cometemos e das dificuldades que precisamos vencer na economia."
Em entrevista à Folha de S.Paulo publicada neste domingo (3), Wagner disse que "as medidas contracíclicas tomadas produziram um problema fiscal que ela [presidente Dilma] se impôs consertar".
Na semana passada, em entrevista a uma rádio, ele apontou como equívocos, por exemplo, "desoneração exagerada" e "programas de financiamento que foram feitos num volume muito maior do que a gente aguentava".
Nesta segunda, o petista ponderou, no entanto, que "impopularidade não é crime". "É um defeito, um problema que vamos seguir trabalhando para resolver."