Norma sobre detectores de metal foi 'teste', diz Cunha após tumulto

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 09/11/2015

DÉBORA ÁLVARES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Embora a Diretoria-Geral da Câmara tenha anunciado medidas para tentar tornar factível o cumprimento da norma do presidente, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo a qual todos seriam obrigados a passar por detectores de metal e pelo raio-x ao entrar na Casa, o peemedebista disse nesta segunda-feira (9) que a medida foi apenas um "teste".
"Fizemos um teste na sexta (6), porque sabia que era um dia de fraco movimento. Obviamente ocorreram as filas que ocorreram e vamos reavaliar para fazer agora da forma certa".
Na manhã de sexta, embora seja o dia de menor movimento na Casa, houve longas filas e muita reclamação nos acessos à Câmara. Minutos antes de Cunha voltar atrás da medida, a Diretoria-Geral havia anunciado a compra de detectores de metal e raios-x para facilitar e agilizar a entrada.
A determinação de que todos, inclusive funcionários e credenciados deveria passar pelos aparelhos, foi tomada na quinta (5), um dia depois que Cunha foi alvo de uma chuva de dólares falsos como protesto enquanto concedia uma entrevista coletiva no salão verde.
Nessa segunda, ele argumentou que a medida visa a segurança de todos. "Tem muitas coisas acontecendo nessa Casa e vai acabar um dia acontecendo uma desgraça por falta de controle. Você não entra no Palácio do Planalto, no STF, no STJ sem passar por raio-x. Só a Câmara está tão exposta desse jeito, a ponto dos parlamentares passarem a correr risco. O que você está vendo aqui são brigas cotidianas, por conta de coisas políticas e por motivações diversas que acabam pondo em risco a segurança dos parlamentares", argumentou.
O peemedebista explicou que solicitou um Plano de Segurança para apontar a melhor forma de implementar as estratégias para reforçar a segurança na Casa.
O plano será elaborado pela Diretoria-Geral, em parceria com o Depol (Departamento de Polícia Legislativa), o Detec (Departamento Técnico), o Cenim (Centro de Informática) e a Secom (Secretaria de Comunicação Social).
Apesar de ter suspendido a determinação de que servidores e demais credenciados também passem, assim como visitantes, pela revista, Cunha mantém a restrição de acesso ao salão verde, decidida também na quinta (5). Só poderão circular pelo local, que dá acesso ao plenário e é caminho de entrada e saída do presidente da Casa, parlamentares e credenciados.