Após vídeo, Luiz Marinho diz que Skaf é amador na vida pública

Autor: Da Redação,
terça-feira, 29/07/2014

MÁRCIO FALCÃO
SÃO PAULO, SP - Coordenador da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff em São Paulo, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, subiu o tom nesta terça-feira (29) e chamou o candidato do PMDB ao governo paulista, Paulo Skaf, de amador na vida pública por divulgar um vídeo rejeitando espaço ao PT em sua campanha.
Marinho afirmou ainda que o PT precisa ter paciência e generosidade com o peemedebista.
"Achei que ele é amador na vida pública, [ a divulgação do vídeo] um certo amadorismo. Mas nós temos que ter paciência e generosidade. Seguramente o PMDB chegará a conclusão de que tem por obrigação apoiar a Dilma. O Skaf vai chegar a uma conclusão em algum momento . Ele está refletindo", provocou Marinho, em entrevista durante caminhada em Mauá.
O prefeito disse que deve conversar nesta semana com o vice-presidente, Michel Temer, sobre a campanha em São Paulo, Estado com alta rejeição (47%) à presidente.
Para Marinho, Skaf é quem vai perder e "arcará com as consequências" se não abrir palanque para Dilma.
"Dilma tem rejeição, mas também tem eleitores no Estado, tem mais eleitores que o Skaf, portanto, ele está perdendo com essa análise. Segundo, na campanha nós teremos um horário muito maior de televisão da presidenta Dilma e vai reduzir a rejeição", afirmou o petista.
E completou : "Ele não fazendo campanha para a Dilma, ele vai perder e não ganhar. Essas são as consequências que eu acho que podem acontecer, mas eu prefiro acreditar no diálogo, no convencimento e que o PMDB uma hora vai chegar a conclusão e vai fazer campanha para a Dilma", disse.
Skaf resiste a dar palanque a Dilma sob o argumento de que sua candidatura pode ser contaminada com a taxa de rejeição do PT. Temer tem tentado enquadrar Skaf, mas o candidato tem ignorado a pressão de seu fiador político.
Candidato do PT ao Bandeirantes, Alexandre Padilha, ironizou a posição do adversário e sustentou que ele nunca teve problema em defender Dilma.
"Quem desdenha muito, um dia pode querer comprar", alfinetou Padilha.
AGENDA
Numa ação que o PT tem chamado de "operação resgate" para a Dilma e Padilha, os dois candidatos devem participar em agosto de pelo menos dois eventos, um em Osasco e outro na Baixada Santista. No dia 7, eles se reúnem com centrais sindicais, tradicional eleitorado petista.