"Choque de gestão é balela", afirma Lula

Autor: Da Redação,
terça-feira, 13/05/2014
"Choque de gestão é balela", afirma Lula (Foto: Arquivo)

SALVADOR, BA - Em Salvador para um ato político do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mirou nos dois principais prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff nas eleições deste ano ao afirmar que é o governo federal quem "cuida dos pobres" em Minas Gerais e Pernambuco - Estados que foram, respectivamente, governados por Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

"Ninguém é tolo para acreditar que quem não faz em 500 anos vai fazer agora. É só ver quem são os nossos adversários e ver qual é a política social que eles fizerem nos Estados para ver se não tem o dedinho do governo federal. Quem é que cuida dos pobres em Minas Gerais? Quem é que cuida dos pobres em Pernambuco? É o governo federal", afirmou Lula.

Lula participou na noite de hoje de um ato político de apoio à pré-candidatura de Rui Costa (PT) ao governo da Bahia.
Num crítica indireta ao tucano Aécio Neves, ironizou os que defendem a prática de "choques de gestão" - um dos principais motes do senador quando foi governador de Minas Gerais (2003-2010).

"Eles inventam umas palavras que terminam quando começam e não acontece nada: choque de gestão é a maior balela que eu já vi nesse pais", disse Lula. "Toda vez que alguém fala em choque de gestão, o resultado é corte de salário e dispensa de trabalhador na maioria dos Estados brasileiros em que os governadores fazem isso."

Marcando todo o discurso com a distinção entre "nós" e "eles", o ex-presidente usou a maior parte do tempo para exaltar os 11 anos de gestões do PT no Planalto, em áreas como educação, acesso à água e políticas sociais. "Eles tem que ter medo mesmo porque mais um mandato da Dilma [Rousseff], mais a eleição do Rui [Costa], a gente vai consertar mais um pouco este país, mais um pouco esta Bahia, e não vai ter espaço para eles voltarem", afirmou.

PETROBRAS
Lula ainda defendeu a atuação de seu governo na aquisição, pela Petrobras, em 2006, da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, negócio sob críticas por suspeita de ter gerado um prejuízo milionário à estatal. Afirmou que a "essa gente" que critica o negócio está "interessada em fazer caixa de campanha".

"Quando a gente faz um negócio, ele pode ser ótimo e pode ser ruim. A Petrobras fez um bom negócio porque no momento era interessante. Se teve problema no petróleo, paciência", afirmou.