Tucano diz que Dilma deve desculpas por irresponsabilidades na Petrobras

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 14/04/2014





Por Italo Nogueira

RIO DE JANEIRO, RJ, 14 de abril (Folhapress) - O senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à Presidência, afirmou na tarde de hoje que a presidente Dilma Rousseff deve desculpas pelo que chamou de "irresponsabilidades na Petrobras".

Ele criticou a fala da presidente hoje em Pernambuco, onde afirmou que "ninguém vai conseguir destruir a imagem da Petrobras".

"Quem está sujando a imagem da Petrobras é o aparelhamento que o PT estabeleceu há vários anos na empresa. A partir desse aparelhamento absurdo estamos vendo todo tipo de irresponsabilidades, para usar um termo brando. Diretores da empresa presos, a Polícia Federal tendo que entrar dentro da empresa, o que nunca fez na história. É isso que suja a imagem da empresa", disse Aécio, antes de palestra que vai proferir na Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), no centro do Rio.

O tucano disse que Dilma deve "desculpas aos brasileiros" pelo que considera "irresponsabilidades" na condução da estatal e pela queda de valor nas ações da empresa.

"A presidente deveria pedir desculpas aos brasileiros, aos servidores da Petrobras que construíram a imagem da empresa, aos trabalhadores que colocaram recursos do seu fundo de garantia e perderam 65% do investimento desde 2009. Está na hora da presidente devolver limpo o macacão da Petrobras", disse, em referência indireta à famosa foto em que o ex-presidente Lula marca com as mãos sujas de petróleo um macacão da estatal usado por Dilma, quando era ministra da Casa Civil.

Aécio fez críticas à política econômica do governo Dilma, em especial à alta na inflação. Segundo ele, o aumento dos gastos correntes do governo federal pressiona a alta dos preços.

"Em vez de estarmos na agenda da produtividade, competitividade e diminuição do custo Brasil, estamos voltando à agenda da inflação, de dez anos atrás, que está voltando infelizmente", disse o tucano, que defendeu a "herança bendita" do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O senador defendeu uma "guerra ao custo Brasil" soma da alta tributação combinada com a má infraestrutura no país, que aumenta os gastos das empresas para se instalarem e criticou a política de empréstimos do BNDES.

"Gosto muito dos juros do BNDES, mas gostaria que ele pudesse servir a toda economia, e não apenas a um grupo de amigos selecionados."