Deputado Paulo Maluf será investigado no Supremo por caixa 2

Autor: Da Redação,
terça-feira, 19/03/2013
Deputado Paulo Maluf será investigado no Supremo por caixa 2

O conteúdo do noticiário sobre Paulo Maluf (PP-SP) é tão vergonhoso que deveria ser distribuído em envelope de plático preto. Como não é, convém retirar as crianças da frente do computador. O STF acaba de abrir novo inquérito contra o deputado.

Apura-se agora o crime de caixa dois na reeleição de Maluf à Câmara, em 2010. Relator do caso, o ministro Luiz Fux deferiu diligências requeridas pelo procurador-geral da Repúbica, Roberto Gurgel. Uma delas prevê a inquirição de Maluf pela PF.

Apuram-se gastos não-delarados à Justiça Eleitoral de pelo menos R$ 168 mil –coisa de 21% do total que o comitê de Maluf escriturou no balanço oficial da campanha: R$ 813 mil.

Maluf e familiares já respondem, desde 2011, a outro processo no STF. Envolve lavagem de dinheiro sujo desviado da prefeitura de São Paulo. O deputado, naturalmente, nega tudo. Assim como negara possuir dinheiro no exterior. Até que a Corte da ilha de Jersey condenou-o, em janeiro, a devolver R$ 56 milhões.

Como se fosse pouco, Maluf recebeu intimação de outro ministro do STF. Terá de explicar a Ricardo Lewandowski por que diabos se negou a passar por uma revista no aeroporto de Brasília. Ao atravessar o detetor de metais, a traquitana apitou. Maluf deu de ombros.

Ignorou os agentes da Infraero, seguiu em frente e entrou num avião que decolaria para São Paulo. Foi avisado de que a aeronave não levantaria voo enquanto ele não fosse revistado. Saiu. Correram-lhe pelo corpo um detector de metais manual. Apitou no cinto e no relógio.

Maluf foi liberado para viajar. Mas seu comportamento serviu de recheio para um relatório. Que virou inquérito policial. Um brasileiro mortal teria descido ao xadrez. Deputado vira investigado no Supremo. Maluf, por reincidente, deveria pagar o aluguel dos escaninhos.