É preciso cortar gastos de fato e não fazer teatro', critica líder do PSDB

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 29/08/2011

O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), afirmou nesta segunda-feira (29) que as novas medidas de contenção de gastos anunciadas pelo governo federal não refletem as reais necessidades de economia do governo.

Nesta segunda (29), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou um aumento da meta de superavit primário, a economia feita para pagar juros da dívida pública, em R$ 10 bilhões neste ano, o equivalente a entre 0,25% e 0,30% do Produto Interno Bruto (PIB). A medida será implementada com o envio de um projeto de lei ao Congresso.

Com isso, a meta subirá dos atuais R$ 117,9 bilhões, equivalentes a cerca de 3% do PIB, para R$ 127,9 bilhões, ou 3,3% do PIB, para todo o setor público (governo, estados, municípios e empresas estatais). Para o líder do PSDB, no entanto, as medidas precisam ser refletidas em cortes efetivos de gastos nas contas públicas.

"O governo acha que os cortes que foram anunciados no início do ano foram suficientes. E não foram. Basta lembrar que as despesas correntes nos sete primeiros meses em relação ao mesmo período do ano passado cresceram 10%. Ou seja, o governo continua gastando muito. Dizer que não vai aumentar os gastos daqui para frente não resolve o problema. É preciso cortar de fato e não fazer teatro", disse Nogueira, por meio de nota.

Na análise do tucano, com o anúncio, o governo estaria sinalizando que não haverá redução da carga tributária. "O sinal que o governo dá com essas medidas é que não haverá redução na carga tributária porque isso comprometeria a meta de elevação do superávit. E, por outro lado, também não cortará gastos", disse.