UFPR expulsa aluno denunciado por apologia ao nazismo e homofobia

Autor: Da Redação,
sábado, 30/09/2023
UFPR anunciou na sexta-feira (29) a expulsão do estudante

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) determinou a expulsão do estudante de direito que enviou áudios de cunho racista, homofóbico e de apologia ao nazismo a um grupo de estudos da instituição. A decisão foi publicada pela UFPR em portaria nesta sexta-feira (29).

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O aluno, de 37 anos, chegou a ser afastado em março da universidade em Curitiba, quando a comissão disciplinar da instituição começou a investigar a denúncia feita pela deputado estadual Ana Júlia (PT).

Nos áudios, o estudante usa palavras de baixo calão para se referir a homossexuais e diz que é branco sem miscigenação. "Eu fico olhando vocês aí pardinho, misturadinho [...] Eu sou branco, branco legítimo, ariano. Você não é. E nenhum de vocês são, vocês são tudo miscigenados, querendo ser brancos. Sabe por que? Porque vocês queriam ser brancos e esse é um privilégio que eu tenho e vocês nunca vão ter", afirmou no áudio.

 Na portaria publicada na sexta-feira, a UFPR afirmou que o então estudante cometeu infrações incompatíveis com a moralidade e foi contra artigos previstos no Regimento Geral da universidade.

“Descumprimento dos deveres de manter conduta compatível com a moralidade, de observar as normas legais e regulamentares e de tratar com civilidade as pessoas, bem como ter cometido as infrações de importunar alguém, em lugar público ou acessível ao público, de modo ofensivo ao pudor; ofender a integridade física, moral ou a saúde de outrem; de molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade, por acinte ou motivo reprovável; e de praticar outras condutas reputadas como incompatíveis com a moral e os bons costumes”, diz trecho do documento.

Conforme o documento que oficializou a expulsão, o estudante é também reincidente em relação aos descumprimentos ao regulamento da instituição.

Em nota em março, quando foi afastado, o aluno contestou a acusação de racismo e homofobia. Segundo ele, os áudios foram expostos "sem sentido, fragmentados, sem coerência lógica dos fatos". O rapaz disse ainda que iria acionar na lei os deputados que publicaram os áudios por "danos à honra".