Uma mulher é investigada por agredir o próprio cachorro com golpes de martelo em Campo Mourão, no Centro-oeste do Paraná. Ela foi denunciada criminalmente pelo Ministério Público (MP) por maus-tratos aos animais.
A suspeita foi presa em flagrante no último dia 10 de julho. No dia seguinte, no entanto, ela foi liberada na audiência de custódia e agora responde pelo crime em liberdade.
O cachorro "Chiquinho" é da raça pinscher e está internado há quase um mês. Após ter sido agredido a marteladas, o pequeno teve que retirar um dos olhos, segundo o MP-PR.
- LEIA MAIS: Bebê de 3 meses morre ao ser deixado pela mãe em carro
De acordo com o delegado da Polícia Civil (PCPR), Saulo de Tarso, a mulher afirmou que tentou matar o cachorro porque ele estava ferido. A agressora disse que não tinha o dinheiro necessário para um tratamento ou uma eutanásia veterinária. Entenda abaixo.
De acordo a Promotoria de Justiça, a denunciada mutilou, maltratou e feriu gravemente o cão, utilizando um martelo. "O cão, que segue internado, foi submetido a diversos protocolos com tratamentos intensivos, o que incluiu intervenção cirúrgica para a remoção do seu globo ocular direito", informou o MP-PR.
Se condenada, a pena pode chegar à reclusão por até cinco anos, além do pagamento de multa. A Polícia Civil e Ministério Público não divulgaram o nome da acusada.
Entenda o caso
Tudo aconteceu depois que a Polícia Militar (PM) foi acionada por vizinhos para ir até a casa da suspeita. Os moradores da região ouviram os gritos do cachorro. A mulher foi presa em flagrante e, segundo o delegado Saulo, confessou as agressões.
Ela relatou que o pinscher estava gravemente ferido após ter sido atacado por uma cachorra que ela tinha adotado da rua há pouco tempo, junto a dois filhotes. Após a situação, ela abandonou a cachorra e os dois filhotes na rua e procurou um veterinário para o pinscher.
"O veterinário disse que tinha que fazer um tratamento para salvar o cachorro, e ela entendendo que não tinha condições financeiras de arcar com os custos, decidiu sacrificá-lo por conta própria", relatou o delegado da PCPR.
Chiquinho foi adotado pela Organização Não Governamental (ONG) Associação dos Protetores de Animais Independentes (PAIS) e vem passando por uma série de tratamentos médicos.
Fonte: informações do g1.