O Paraná alcançou a quarta melhor nota do ensino médio entre as redes estaduais do Brasil segundo dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O estudo divulgado nesta terça-feira (15) mede a qualidade do ensino no País. Em 2017, o Estado ocupava a sétima posição.
O Ideb é realizado a cada dois anos e na edição atual, que mostra resultados da avaliação feita em 2019, o Paraná conseguiu um fato histórico: obteve o maior crescimento de nota no ensino médio. Estado subiu 0,7, saindo de 3,7 para 4,4 pontos. É a maior evolução desde 2005.
O Estado também ocupa o primeiro lugar do Brasil entre as redes estaduais no Ensino Fundamental - ‘Anos Iniciais’ (até o 5º ano), com nota de 6,8, e ficou na terceira posição para os ‘Anos Finais’ (6° ao 9° ano).
“A educação do Paraná registra um crescimento expressivo. Há anos a Educação do Estado vinha andando de lado. Agora o Ideb mostra que a qualidade do ensino melhorou. Isto só foi possível graças a um esforço conjunto, a aplicação de novas tecnologias e principalmente pelo grande trabalho dos profissionais da nossa rede” afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
O secretário de Estado da Educação e do Esporte do Paraná (SEED), Renato Feder, destaca que, além do bom desempenho no ensino médio, o Paraná teve crescimento absoluto de 0,5 ponto, e foi um seis estados a bater a projeção do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para 2019. Somente Bahia e Pará tiveram o desempenho semelhante.
TODO ESTADO - O resultado do Ideb de 2019 mostra que o desempenho do Paraná cresceu em quase todos os municípios do Estado. Dos 399 cidades do Estado, houve alta na nota em 359 cidades. Destas, 336 atingiram a meta estipulada no Ensino Médio.
O mesmo aconteceu na qualidade do ensino entre os alunos do Ensino Fundamental Anos Finais. Houve alta 336 municípios, e 140 atingiram a meta. “Isto reflete o bom trabalho dos professores, a redução da evasão e da reprovação dos alunos e o melhor treinamento do profissional da Educação”, diz Feder.
MAIS PRÓXIMO - Os dados do Ideb mostram outro avanço. Houve redução da diferença da nota entre o ensino privado e o ensino público no Paraná. No Ensino Médio, a queda foi de 2,2 para 2,0 pontos e nos Anos Finais foi de 2,1 para 1,6 ponto. No primeiro caso, o número ultrapassou a rede privada em 0,4 ponto.
O secretário estadual da Educação e do Esporte avalia que o crescimento é resultado de um intenso trabalho da rede estadual de ensino. “Com a divulgação dos números do Ideb queremos reconhecer e parabenizar a atuação de nossos professores”, afirma Renato Feder. “O ranking mostra a atuação de toda a nossa rede e que estamos no caminho certo para o desenvolvimento das alunas e alunos”.
Entenda porque o Paraná foi o estado que mais avançou no Ideb:
- Fortalecimento do trabalho dos professores em sala de aula
- Criação de programas de redução da evasão escolar (Presente na Escola e Escola Paraná)
- Criação de programas de redução de reprovação (Mais Aprendizagem, Prova Paraná, Se Liga!)
- Melhorias na gestão das escolas
10 municípios com as melhores notas do Ideb 2019:
Ensino Médio
. Maripá - 5,8
. Mercedes - 5,7
. Bom Sucesso do Sul - 5,4
. Serranópolis do Iguaçu - 5,4
. Virmond - 5,4
. Missal - 5,3
. Novo Itacolomi - 5,3
. São Pedro do Iguaçu - 5,3
. Cruzeiro do Iguaçu - 5,2
. Enéas Marques - 5,2
Ensino Fundamental - Anos Finais
. Maripá - 6,3
. São José da Boa Vista - 6,3
. Virmond - 6,3
. Iguatu - 6,1
. Novo Itacolomi - 6,1
. Verê - 6,1
. Entre Rios do Oeste - 6,0
. Jaboti - 6,0
. Planalto - 6,0
. Quatro Pontes – 6,0
Nos maiores centros, Toledo teve a melhor nota e Guarapuava o maior crescimento
Entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, Toledo obteve a melhor nota (4,9) nos anos finais do Ensino Fundamental, seguida por Guarapuava (4,7), Arapongas (4,6) e Campo Largo (4,6). Depois vieram Ponta Grossa, Apucarana, Curitiba, Umuarama e Maringá, todas com nota 4,5. Cascavel fechou o top 10 com 4,4.
Todos esses municípios tiveram aumento da nota entre 13% e 27% em relação ao último Ideb. Guarapuava foi a responsável pelo maior crescimento, saltando de 3,7 para 4,7.