O Partido dos Trabalhadores do Paraná encaminhou na tarde desta quinta-feira (12) um pedido de providências ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público do Paraná, após receber mais de 2.500 denúncias no canal de WhatsApp disponibilizado pelo partido para identificar envolvidos em atos antidemocráticos em Brasília e no estado.
Para o presidente do PT-PR, deputado Arilson Chiorato, as cenas trágicas vistas em Brasília no último domingo, dia 8 de janeiro, não podem ficar impunes. “Foi por isso que criamos este canal, para receber, inclusive, denúncias anônimas. Não podemos permitir que paranaenses saiam do nosso estado e façam com que a história do nosso país fique manchada por tamanha barbárie. Estamos colaborando na identificação desses terroristas para que paguem pelo patrimônio público que foi destruído e saibam o respeito que se deve ter à democracia e ao pacto federativo”, afirmou.
Leia também: Lista de presos em Brasília é atualizada e soma mais mil pessoas; veja
O advogado do PT-PR, Luiz Eduardo Peccinin, afirma que o canal foi importante para que muitas pessoas pudessem denunciar criminosos próximos, mas tinham medo de se identificar e sofrer ameaças e agressões. "Tomamos o cuidado de apenas utilizar informações públicas da imprensa e das redes sociais para fazer a relação. A grande maioria fazia questão de se gravar e postar com orgulho em suas redes os próprios crimes, o que facilitou nosso trabalho. Como partido político, é papel do PT colaborar com a proteção da democracia. Agora, esperamos que essas pessoas sejam investigadas e responsabilizadas no rigor da lei", declarou.
Foram identificados mais de 80 nomes entre os terroristas e as provas coletadas serão disponibilizadas apenas aos órgãos cabíveis.