O Governo do Paraná ampliou a estrutura de atendimento de saúde a travestis e transexuais. O Centro de Pesquisa e Atendimento a Travestis e Transexuais (CPATT) será integrado às dependências do Hospital de Infectologia e Retaguarda Clínica Oswaldo Cruz (HIRC), e, com isso, dará uma atenção mais qualificada e permanente a esse público.
O Paraná possui um dos dez serviços habilitados pelo Ministério da Saúde de Atenção Especializada no Processo Transexualizador na modalidade ambulatorial no Brasil.
O serviço, localizado em Curitiba, é vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e um dos dez habilitados pelo Ministério da Saúde de Atenção Especializada no Processo Transexualizador na modalidade ambulatorial no Brasil.
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, visitou as obras do novo espaço nesta semana. “Este atendimento é muito importante e abrange diversas pessoas que merecem todo nosso respeito. Por isso, estamos ampliando a estrutura para possibilitar o aumento de pelo menos 50% no serviço prestado e, dessa forma, reduzir a fila de espera, garantindo o acesso à saúde e qualidade na assistência prestada”, afirmou.
REFORMA – O prédio que será utilizado como a nova unidade do CPATT está passando por uma adequação e modernização de espaço, considerando as normas vigentes de Vigilância Sanitária.
A obra é executada em conjunto com a equipe do Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT), que integra o HIRC, com o custo somente do material utilizado. Inicialmente, o investimento do Governo do Estado nesta reestruturação de espaço é de aproximadamente R$ 300 mil. A expectativa é de que a obra seja finalizada em até três meses.
“Estamos trabalhando junto com o Hospital do Trabalhador para transferir este serviço a este local, para que com essas novas instalações possamos reforçar a equipe e o atendimento. Vamos continuar trabalhando em prol da saúde de todos os paranaenses”, disse Beto Preto.
ATENDIMENTO – Inaugurado em dezembro de 2013, o CPATT já atendeu cerca de 850 usuários, provenientes de diversos municípios do Estado, sendo 54% mulheres trans e 46% homens trans. Destes, aproximadamente 400 permanecem como usuários ativos e em efetivo acompanhamento multiprofissional.
A porta de entrada para o serviço oferecido pelo Governo do Estado é a unidade de saúde. O trabalho oferece assistência diagnóstica e terapêutica às pessoas com indicação para a realização do processo transexualizador, que inclui o bem-estar psicossocial e clínico de travestis e transexuais durante sua vivência e/ou adequação à sua identidade de gênero.
HORMONIOTERAPIA – O fornecimento de hormonioterapia é realizado na farmácia do HIRC, para usuários que fazem acompanhamento multiprofissional no CPATT. Só em 2020, foram disponibilizados 79.152 medicamentos que auxiliam neste processo, além da realização de 10.414 exames laboratoriais contratualizados pela Sesa.
INTERIOR – Para as pessoas de outras regiões do Estado que são encaminhadas ao CPATT é ofertado o serviço de Tratamento Fora do Domicilio (TFD). Trata-se de um instrumento legal que visa garantir, pelo SUS, o tratamento de média e alta complexidades nas condições de saúde não tratáveis no município de origem.