Um policial civil do Paraná e um ex-agente penal foram presos na manhã desta segunda-feira (26), durante a Operação Bogotá, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), suspeitos de ligação com roubo de cargas. Os agentes trabalhavam na delegacia de Santa Fé, a cerca de 46 Km de Maringá, no Noroeste do Paraná.
De acordo com Marcelo Alessandro da Silva Gobbato, promotor de justiça do Ministério Público do Paraná (MP-PR), os suspeitos usaram a viatura da polícia caracterizada, armas e coletes balísticos no dia do roubo de uma carreta. "Nós conseguimos identificar uma imagem em um posto de combustíveis em que teria havido a preparação do crime", disse.
Os homens também são investigados por associação criminosa, além de adulteração de sinal identificador de veículos e disparos de arma de fogo.
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A Operação Bogotá, organizada pelo Gaeco de Maringá e pela Corregedoria da Polícia Civil, cumpriu dois mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos em Maringá, Santa Fé e Floresta.
Motorista da carreta desapareceu
As investigações tiveram início em junho de 2023, após o Gaeco de Maringá receber a informação de que os agentes públicos teriam participado de um roubo de carga na região.
As prisões vão apurar a relação dos agentes nos crimes e identificação de outros funcionários públicos que participaram das ações, além de apurar o envolvimento deles no desaparecimento da vítima que teve a carga roubada, em Engenheiro Beltrão e fez a denuncia.
"Logo após o crime o motorista do caminhão roubado prestou depoimento e alguns dias depois ele desapareceu. A família comunicou o desaparecimento. [...] Uma das linhas da investigação é de que a vítima tenha sido morta um pouco depois de revelar os fatos", disse.
Além disso, os policias investigam a participação de outros agentes no crime. "Tem alguns envolvidos que não foram completamente identificados. É uma linha de investigação. É possivelmente, sim, outras pessoas que participaram", falou.
Nas casas dos suspeitos foram apreendidas arma e dinheiro, segundo o MP.
*Com informações g1.