Em 2022, 45,6% das unidades domésticas têm responsáveis do sexo feminino. Nos últimos 10 anos, esse porcentual era de 35,6%. Ou seja, no período, houve um aumento de 10 pontos porcentuais no número de lares chefiados por mulheres no Estado.
As informações são do Censo Demográfico 2022: Composição domiciliar e óbitos informados: resultados do universo, divulgado nesta sexta-feira (25/10) pelo IBGE. Os dados também estão disponíveis no Sidra, na Plataforma Geográfica Interativa (PGI) e no Panorama do Censo. Por unidade doméstica entende-se o conjunto de pessoas que vivem em um domicílio particular. Segundo o Censo, o Paraná está abaixo da média nacional quando o assunto é lares chefiados por mulheres. No ranking geral, o estado é o 4º em unidades domésticas com responsáveis do sexo feminino. Apenas Espírito Santo, Santa Catarina e Rondônia têm porcentuais menores.
Por outro lado, em 10 estados, o porcentual de mulheres responsáveis pela unidade doméstica foi maior que 50%: Pernambuco (53,9%), Sergipe (53,1%), Maranhão (53,0%), Amapá (52,9%), Ceará (52,6%), Rio de Janeiro (52,3%), Alagoas e Paraíba (51,7%), Bahia (51,0%) e Piauí (50,4%).
“Os dados do Censo mostram que a maior parte dessas unidades da federação estão concentradas na Região Nordeste do país. Por outro lado, os menores percentuais são encontrados em Rondônia, com 44,3%, e em Santa Catarina, com 44,6%. Percebe-se, de forma geral, que as unidades da federação acompanharam o movimento do país com aumento da proporção de unidades domésticas com responsáveis do sexo feminino”, aponta a analista da divulgação, Luciene Longo.
Unidades domésticas formadas por casal com filho de ambos recua
De 2010 para 2022, a proporção das unidades domésticas com pessoa responsável, cônjuge e filho de ambos recuou de 41,3% para 30,7%, enquanto a proporção de casais sem filhos subiu de 16,1% em 2010 para 20,2% em 2022.
Já a proporção de domicílios formados por casais com pelo menos um filho somente do responsável ou do cônjuge passaram de 8,0% para 7,2%. “Apesar da redução, o peso dessas unidades domésticas no total de arranjos com filhos aumentou”, observa o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi.
Já os domicílios monoparentais – ou seja, com responsável sem cônjuge com filhos –variaram pouco entre 2010 e 2022 (de 16,3% para 16,5%). Outros tipos de composição reuniram 25,5% das unidades domésticas, sendo 18,9% referente a domicílios unipessoais (que em 2010 representavam 12,2%), e unidades domésticas com mais de um morador, sem cônjuge, filho ou enteado que apresentou pouca alteração (de 6,6% em 2022, e 6,1% em 2010).