Quatro farmacêuticos foram denunciados nesta sexta-feira (6) pelo Ministério Público do Paraná, pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas, crime contra as relações de consumo, falsificação, corrupção e adulteração de medicamentos.
A denúncia decorre de investigação realizada em conjunto com a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Decrisa), que resultou na busca e apreensão de milhares de medicamentos vencidos ou adulterados e na prisão de um dos acusados.
- LEIA MAIS: Fábrica clandestina de remédios movimentava R$ 400 mil por mês; veja
Os medicamentos apreendidos incluem entorpecentes, psicotrópicos sujeitos a controle especial e outros de uso restrito a hospitais, que não possuíam nota fiscal para confirmação da procedência de origem, identificação de lote e data de validade. Durante uma fiscalização conduzida pelo Conselho Regional de Farmácia em julho de 2023, dois dos quatro denunciados já haviam sido presos em flagrante pelos mesmos delitos.
Em março deste ano, após novas denúncias anônimas à Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Decrisa), foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensões em endereços vinculados a um dos alvos, culminando na apreensão dos medicamentos.
Os materiais foram encontrados armazenados de maneira inadequada, em local sujo e úmido.A denúncia do MPPR aponta que os acusados, que são responsáveis técnicos por uma farmácia localizada em Piraquara, agiram “dolosamente, com consciência e vontade orientadas à prática delitiva, além de plena ciência da reprovabilidade de suas condutas”. O documento requer ainda a incineração dos produtos apreendidos e a manutenção da prisão do principal alvo da operação.