A Polícia Civil ouviu nesta terça-feira (04), o motorista Claudio Alexandre Seroiska, que estava dirigindo o caminhão no momento do acidente que resultou na tragédia com oito mortos na BR-277. O depoimento aconteceu na delegacia de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
Lamentando o ocorrido e sem conseguir – segundo ele detalhar toda cena que passou, ele relatou que se sentiu como se estivesse com os olhos vendados no escuro. “Estava na faixa da direita, que é a destinada para caminhão e daí tudo isso aconteceu”, disse.
O caminhoneiro afirmou que a visibilidade da pista comprometia a direção do veículo e que seria difícil evitar o acidente, naquelas condições. Ele também confirmou que trafegava com o tacógrafo em 75 km/h, portanto com a velocidade dentro da média permitida para a rodovia.
Até o momento, para a polícia, o que ocorreu foi uma fatalidade, disse em entrevista o delegado Fábio Machado, que assumiu a coordenação das investigações sobre o caso. Ele concorda que a visibilidade pode ser a grande causadora do acidente.
A tragédia aconteceu no domingo a noite, na BR-277, entre São José dos Pinhais e a capital Curitiba. Na hora, morreram sete pessoas, uma morreu no hospital. Outras 22 vítimas ficaram feridas. O caminhão envolvido, foi um dos 17 veículos na cena de terror, além de cinco motocicletas colhidas no engavetamento.
A concessionária que administra o trecho do km 77, da BR-277 deve ter seus representantes ouvidos pela polícia. O delegado quer saber, porque a rodovia não estava fechada pela falta de visibilidade de segurança aos motoristas.