Mãe e padastro foram negligentes na morte de Thiago, conclui polícia

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 14/09/2023
O resultado da morte do menino é inconclusivo

A investigação do caso Thiago, menino de 2 anos que desapareceu no dia 10 de julho depois de ir ao Parque Daisaku Ikeda, e dias depois ser encontrado morto no Ribeirão Três Bocas, em Londrina, norte do Paraná, chegou ao fim. De acordo com a Polícia Civil, a mãe e o padrasto da criança foram negligentes na morte do bebê. Eles foram indiciados por homicídio culposo, que é quando não há intenção de matar.

O delegado que esteve à frente do caso, João Reis, conversou com a imprensa e afirmou que o local do desaparecimento era inadequado para levar uma criança, visto que era escuro e perigoso. Ele afirmou ainda que ambos conheciam o parque e que foram negligentes ao levar o menino ao local.

"A mãe foi a um local que conhecia, sabia que o local era extremamente escuro e teve a conduta de levar a criança e negligenciou os cuidados. Já o namorado foi imprudente, levou a namorada e o filho dela àquele local que ele também sabia que a noite é escuro", afirmou o delegado em uma entrevista ao G1. 

A mãe e o padrasto foram ao parque com Thiago. O casal saiu do local de carro e deu falta da criança cerca de dois quilômetros depois.

Os dois retornaram ao parque, mas não encontraram o menino. O corpo dele foi localizado seis dias depois no Ribeirão Três Bocas, a 9 quilômetros do parque.

- LEIA MAIS: Perícia do IML não identifica causa de morte de menino de 2 anos

As investigações apontaram que o local em que o casal esteve com o menino apresenta um desnível de aproximadamente 11 metros em relação ao rio. Portanto, acredita-se que Thiago tenha caído na água. 

O laudo, apesar de ter resultado inconclusivo para a causa do afogamento, não indicou marcas de violência e fraturas no corpo do menino, segundo Rocha.

O inquérito foi concluído e encaminhado para a vara criminal para a continuidade do processo. Em caso de condenação, ambos podem pegar pena de um a três anos de detenção. Por ser uma criança, a pena pode ser aumentada em um terço.

O delegado acredita, no entanto, que no caso da mãe, ela possa receber perdão judicial, se o juiz entender que o sofrimento causado pela morte do filho já seja a pena dela.

Com informações do G1.