O funcionário da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Irati, região central do Paraná, que denunciou uma agressão feita contra uma aluna com síndrome de down à família dela, foi demitido. Segundo informações apuradas pelo G1, o homem, que não teve a identidade divulgada, trabalhava há 28 anos na instituição.
O trabalhador demitido denunciou diretamente à família da vítima, que, a partir disso, abriu boletim de ocorrência na Polícia Civil (PC-PR). A investigação sobre a agressão foi concluída em 5 de junho e terminou com o indiciamento de uma professora. A docente deve responder por maus-tratos e violência arbitrária.
- RELEMBRE: Professora puxa aluna com síndrome de down pelo cabelo em Apae do PR
A educadora foi gravada, no dia 15 de maio, puxando a aluna com síndrome de down pelo cabelo. A aluna, conforme os pais, não fala. A câmera que registrou a ação contra a jovem de 19 anos é do circuito de segurança da instituição. Veja vídeo abaixo.
A gravação é curta, mas é possível ver a aluna saindo correndo da sala de aula. Ela dá poucos passos e é contida pelo puxão de cabelo, aparentemente trançado.
Logo após a estudante cruzar a porta da sala de aula, a professora aparece. Quando o cabelo é tensionado, a professora chega a deslizar no chão, tamanha força exercida. A aluna é conduzida de volta para a sala de aula.
A Apae identificou a professora e afirmou que a mesma foi afastada das atividades profissionais na instituição.
Investigação
O delegado que esteve à frente do caso, Rafael Rybandt, explicou que o funcionário demitido foi ouvido durante as investigações, colaborou com a polícia e não era investigado. Ainda conforme o delegado, nas investigações, ele afirmou ter denunciado o caso diretamente aos pais por medo de represálias na instituição.
O que diz a Apae?
Em nota, a defesa da Apae não informou o motivo do desligamento e disse que a reformulação no quadro de colaboradores é "prerrogativa administrativa da equipe diretiva, a qual não irá se manifestar publicamente sobre o assunto".
Na mesma nota, a defesa da Apae também disse que demitiu um outro funcionário, que foi indiciado pela polícia junto da professora investigada. O indiciamento dele foi por corrupção passiva privilegiada, porque soube do caso e não denunciou. O suspeito não teve o nome oficialmente divulgado.
Com informações do G1.