A epidemia de dengue ainda não alcançou o ápice de casos no Paraná. Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (14), o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, afirmou que o estado enfrentará mais algumas semanas de casos crescentes. “Não atingimos ainda patamar de queda de modo que teremos ainda algumas semanas de crise pela frente”, comenta, acrescentando que a epidemia é a maior já enfrentada pelo estado. Assista o vídeo no fim do texto.
O secretário também demonstrou preocupação a respeito do perfil da atual epidemia com o avanço da dengue para regiões do estado com pouco histórico de problemas com a doença. “Estamos com casos no centro sul, em cidades como Irati e Guarapuava”, comenta.
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Segundo Beto Preto, o fenômeno climático do El Nino antecipou em dois meses a curva epidêmica da dengue no Paraná. “Estudos apontam que as temperaturas mais altas podem chegar a dobrar a vida do mosquito. o que viveria em torno de quatro semanas a um mês, passa a viver dois meses”, comenta.
Alguns com município com infestação, a secretaria detectou a presença disseminada do mosquito, que em algumas localizadas pôde ser visto durante o dia, o que costuma ser raro.
DECRETO
Nesta quinta, o Governo do Paraná decretou situação de emergência em saúde pública para a dengue. A decisão foi tomada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) devido ao aumento no número de casos e óbitos confirmados pela doença nas últimas semanas. O decreto 5.183/2024 terá vigência por 90 dias e tem como finalidade reforçar ações adotadas para o controle e combate à doença.
Entre os principais pontos do documento estão a intensificação das visitas domiciliares para identificação e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, recomendações relacionadas à aquisição de larvicidas e a importância do cumprimento das determinações sanitárias estabelecidas pelo Sistema Único Saúde (SUS), entre as quais o dever da população facilitar a aplicação de medidas sanitárias relativas às doenças transmissíveis, como visitas domiciliares.
A declaração permite, ainda, dar mais agilidade na destinação de recursos do governo estadual e federal aos municípios, evitando trâmites usuais, e facilitando, por exemplo, o processo de aquisição de insumos e medicamentos.
Assista o vídeo: