O deputado estadual Requião Filho disse em entrevista à Tribuna que está de saída do MDB, assim como já fez o seu pai, o ex-governador e ex-senador Roberto Requião. Ele justifica que “o MDB foi sequestrado no Paraná” na convenção estadual, quando a maioria dos diretórios foi destituída.
Segundo o parlamentar, naquela ocasião os delegados que não iam votar porque não estavam à frente do partido não tiveram opção de votar na renovação do diretório estadual. Apesar da saída sua e do seu pai do MDB, ele considera que “o MDB continua sendo um partido incrível, pois eles ficaram só com a sigla, não ficaram com a militância”.
Requião Filho pretende disputar a reeleição no pleito do ano que vem, porém ainda não sabe por qual legenda. Ele diz que está em conversações com partidos progressistas, já tendo recebido convites do PDT, PT e de outros menores como a Rede e o PV. “Tudo vai depender do partido que nos der mais espaço para defender as bandeiras nas quais eu acredito”, afirmou. Quanto às eleições para o governo do Estado, Requião Filho acredita que até lá deverá ser formada uma grande frente de oposição para enfrentar o governo atual.
PEDÁGIO
Requião Filho integrou a Frente Parlamentar sobre o Pedágio no Paraná, porém assinala que o novo modelo que está sendo implantado não é o mesmo proposto pela Frente após inúmeras audiências públicas realizadas em todas as regiões do Estado.
"Pela Frente Parlamentar fizemos algumas colocações para achar um modelo um pouquinho mais justo, mas este novo modelo não foi apresentado até então”, disse o deputado.
Ele alerta que o novo contrato traz 15 novas praças de pedágio, degrau tarifário, garantia de reajustes anuais e reequilíbrios econômicos. “É um ótimo negócio para o pedágio”, comenta.
TRANSPARÊNCIA
Nesta semana, Requião Filho pediu aos demais deputados da Assembleia Legislativa apoio para que seja colocado na pauta de votação seu projeto de lei, apresentado ainda em agosto, que institui a Lei dos Dados Abertos no Paraná. Segundo ele, o projeto presenta instrumentos que dão mais transparência aos gastos públicos do governo do Estado. Conforme assinala, o atual Portal da Transparência é mais uma “fake news”, porque os dados não estão online e não estão em tempo real, são apenas conglomerados em que é difícil se pesquisar a fundo.
Assista a entrevista: