O resgate de uma cobra-cipó-verde mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros de Maringá, no Norte do Paraná, no começa da tarde desta segunda-feira (20). O animal estava enrolado na roda de um carro estacionado em uma garagem.
De acordo com informações do tenente Alex Boni, a dona do veículo estava prestes a sair da garagem do prédio em que mora no bairro Zona 7, quando se deparou com a cobra seguindo em direção à roda do seu automóvel.
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No momento do resgate, os militares precisaram jogar água para que a cobra saísse do pneu do carro. Após a captura, a serpente foi solta em uma área verde, longe da área urbana da cidade.
Cobra-cipó-verde
Conforme informações do Instituto Água e Terra (IAT), essa cobra é comum da América do Sul. Ela vivem em florestas, áreas abertas e em cerrados, onde passa o maior tempo possível nas árvores.
Podendo ser encontrada no chão em alguns momentos, a serpente se defende com botes que incluem mordida, injeção de veneno e golpes com a cabeça. A expulsão de fezes e outras substâncias, também é um comportamento comum para afastar ameaças.
Venenosa, a cobra-cipó-verde chega a pesar 250 gramas e medir até um 1,5 metro de comprimento, com cauda relativamente longa, que corresponde entre 23 e 36% do tamanho corporal.
Não se engane com o "bichinho"
Normalmente, o comportamento defensivo da cobra-cipó-verde consiste basicamente em fugir rapidamente, porém, quando muito acuada ou capturada, ela morde com extrema agilidade. As informações são do Portal Educação.
Por algum tempo, a cobra não foi considerada venenosa, mas pesquisas recentes mostram que a serpente agora entra na lista das serpentes peçonhentas. Há casos de envenenamento humano relatados e o óbito de uma criança de dez meses, ocorrido em 1993, na cidade de Caçapava do Sul, no Rio Grande do Sul.
As características clínicas dos episódios de intoxicação em seres humanos causados por esta serpente incluem edema (inchaço), eritema e equimoses (manchas escuras), linfadenopatia regional (dilatação de linfonodos), efeitos neurotóxicos e miotóxica. Estes sintomas são parecidos aos do envenenamento botrópico (jararaca), isso porque o veneno da serpente Philodryas olfersii é composto de enzimas que são biologicamente semelhantes aos do veneno botrópico.