Além de garantir comida na mesa da população mais vulnerável durante a pandemia do novo coronavírus, o Cartão Comida Boa, do Governo do Estado, também contribui com a movimentação do comércio em todo o Paraná. Entre os dias 11 e 20 de maio, 522.979 cadastrados receberam seus cartões. Até agora, 421.110 já usaram o benefício e gastaram R$ 20,5 milhões em compras de alimentos em algum dos 2,1 mil estabelecimentos comerciais parceiros do programa.
Lançado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, o Comida Boa prevê a distribuição de 1 milhão de vouchers para que famílias em situação de vulnerabilidade social possam comprar produtos alimentícios durante a pandemia. O vale de R$ 50 é recarregado a cada 30 dias e válido por pelo menos três meses.
“O Estado atua para que nenhum paranaense passe dificuldades enquanto durar a pandemia. Não podemos admitir que em um estado como o Paraná, que é um grande produtor de alimentos, tenha pessoas passando fome”, afirma Ratinho Junior.
“Além disso, o Cartão Comida Boa também está ajudando a manter o faturamento dos estabelecimentos comerciais de todo o Paraná neste momento de dificuldade”, destaca.
MUNICÍPIOS - Os cartões foram enviados pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento aos municípios, que são responsáveis pela distribuição às famílias beneficiadas. Em Curitiba, a entrega é feita pela Secretaria de Estado da Família, Justiça e Trabalho.
O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, explica que o recurso para o programa, que vem do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, está garantido. “Em parceria com as prefeituras, que tomaram providências para evitar aglomerações durante as entregas, estamos chegando às famílias vulneráveis”, afirma. “Agora, estamos definindo junto com a Celepar o pagamento dos comerciantes. A transferência deve ser feita nos próximos dias diretamente na conta cadastrada por eles no sistema”, diz.
BENEFICIÁRIOS – O benefício é voltado para quem está inserido no Cadastro Único (CadÚnico) nacional e atende aos requisitos estabelecidos no decreto 4570/20, além de autônomos e microempreendedores individuais que tiveram sua renda afetada pela pandemia. O cartão deve ser usado exclusivamente para compra de produtos da cesta básica.
Para o autônomo Ademir de Carlo, de 56 anos, morador de Mandaguari (Noroeste), o vale vai fazer grande diferença para a família. “Eu estou desempregado e vivo de bicos, mas me resguardei agora por causa do vírus. Esse cartão vem para ajudar a gente. Se tiver um arrozinho e um feijão já são bem-vindos para a gente”, diz.
Moradora de Bela Vista do Paraíso (Norte), a auxiliar de serviços gerais Elaine Cristina de Oliveira, de 36 anos, afirma que o Cartão Comida Boa vai ajudar a manter a alimentação dela, dos pais e dos dois filhos. “Apesar de eu estar trabalhando, é uma ajuda boa. Eu não estava contando com isso, mas vem em um bom momento”, conta.
O programa limita a dois membros da mesma família o recebimento do vale e abre espaço para que a pessoa provedora de família monoparental (quando apenas um dos pais arca com as responsabilidades) possa requerer o recebimento de duas cotas do auxílio emergencial, independente do sexo, se cumprir os requisitos básicos do programa.
Informações sobre quem tem direito ao benefício, locais de distribuição e os pontos de troca de alimentos podem ser acessadas no www.cartaocomidaboa.pr.gov.br.
NOVAS DATAS – A Secretaria da Justiça, Família e Trabalho fará uma nova entrega dos cartões às pessoas inscritas no CadÚnico que ainda não fizeram a retirada em Curitiba. A distribuição acontece nos dias 26 e 27 de maio. Para evitar aglomerações, ela será pela data de aniversário dos beneficiários: nascidos de janeiro a junho devem retirar na terça (26); nascidos entre julho e dezembro devem retirar na quarta-feira (27), das 8h às 16h.
O cidadão que quer saber se tem direito ao benefício deve digitar seu CPF no site www.cartaocomidaboa.pr.gov.br, desenvolvido e administrado pela Celepar. A distribuição será feita por voluntários parceiros do Governo do Paraná, com suporte do Exército e supervisão da secretaria, em igrejas espalhadas por todas as regiões da capital. A relação também pode ser consultada no site.