Prestes a dar mais um passo na sua iniciativa como Banco Verde, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, apresentou suas intenções para futuramente criar e medir créditos de biodiversidade, mecanismos financeiros que visam incentivar projetos ligados à preservação, conservação e restauração da natureza.
O Fundo Verde e de Equidade é um exemplo desse caminho, pois se trata de apoio financeiro não reembolsável para projetos de relevante impacto ambiental (sustentabilidade e proteção da água; prevenção e controle de poluição; proteção e restauração da biodiversidade; mitigações e adaptações às mudanças climáticas; transição para uma economia circular; agropecuária resiliente e sustentável e equidade e inclusão econômica e cidadã).
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A implementação das primeiras ações já está ocorrendo por meio de edital público, com a Fundação Araucária e Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná. O assunto foi apresentado durante um ciclo de palestras do Instituto Life, denominado "Créditos de Biodiversidade como Tendência de Mercado", realizado com CEOs e líderes empresariais, nessa segunda-feira, em São Paulo.
O superintendente do BRDE no Paraná, Paulo Starke, falou sobre como o banco está em processo de posicionamento no mercado, “do trabalho culminando na criação do Fundo Verde, a adesão do BRDE a Coalizão LIFE, uma iniciativa formada por empresas que trabalham com transformação de modelos de negócio e que permitirá que o BRDE incorpore metodologia de geração de créditos de biodiversidade em suas propostas e avalie as operações e programas”.
Banco Verde
Nos últimos 18 meses, quando o BRDE criou a iniciativa do Banco Verde, foram operados nos três estados da Região Sul, onde o banco atua, R$ 7, 4 bilhões, sendo que R$ 1,8 bi correspondem a financiamentos em projetos verdes. Desse total, R$ 825,7 milhões foram investidos no Paraná, especialmente em projetos voltados à eletricidade, gás, produção florestal, aquicultura e seguridade social. Aproximadamente 80% de todas as operações realizadas nesse período estão alinhadas a pelo menos um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável. “Esses dados demonstram o compromisso do banco com a sustentabilidade por meio não apenas do crédito, mas do posicionamento com a sociedade nesse novo momento, em que as instituições precisam efetivamente buscar soluções e práticas sustentáveis”, analisou o diretor financeiro do BRDE, Wilson Bley Lipski.
Ao se tornar membro da Coalizão LIFE, o BRDE está incorporando em sua agência paranaense, as métricas desenvolvidas pelas Metodologias LIFE e seus sistemas de certificação, pois atuam como organismo normalizador internacional, reconhecidas pela Convenção da Diversidade Biológica/ONU, pela Plataforma Europeia de Negócios e Biodiversidade, pelo TNFD (traduzido - Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas à Natureza).
Também estiveram presentes no evento, Roberto Klabin – presidente Instituto LIFE, Fernando Fernandez - professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Alexandre Bossi - CEO Perfin Investimentos, Regiane Borsato - diretora Executiva Instituto LIFE e José Maurício Coelho - CEO C-Pack.