Uma aluna de 16 anos foi morta no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, de Cambé, na região metropolitana de Londrina, no Norte do Paraná, na manhã desta segunda-feira (19).
Um outro aluno também de 16 anos foi ferido na cabeça e está internado em estado grave no Hospital Universitário (HU), de Londrina. O autor do ataque é um ex-aluno, que invadiu o local armado com um revólver. Ele planejava o crime há quatro anos.
Veja abaixo o que a polícia já sabe sobre o atentado:
- Um ex-aluno de 21 anos chegou à escola por volta das 9h20 e pediu o histórico escolar;
- Logo depois de ser atendido na secretaria, ele pediu autorização para ir ao banheiro;
- No local, trocou de roupa e saiu armado com um revólver calibre 38. Ele também tinha uma machadinha, segundo disse o secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira;
- Ele deu tiros no corredor, mas não atingiu nenhum aluno. Na sequência, foi até uma aula de educação física, onde estava Karoline Verri Alves e o namorado dela;
- No local, ele disparou contra o casal que jogava pingue-pongue. Karoline Verri Alves morreu no local e o namorado dela está internado no Hospital Universitário de Londrina, onde passou por cirurgia. Os dois foram atingidos na cabeça pelos disparos;
- Ele seguiu pelos corredores, gritando que iria matar mais alunos. Foi quando teria sido imobilizado por um professor, segundo afirmou o governador Ratinho Junior;
- A PM chegou ao local e fez a prisão do jovem de 21 anos, que foi encaminhado para a delegacia de Cambé e, depois, para Londrina;
- Em depoimento, ele contou à polícia que planejou o crime por pelo menos quatro anos;
- O rapaz revelou que estudou na instituição em 2014 e afirma que foi vítima de intenso bullying por parte dos colegas;
- Ele comprou o revólver calibre 38 há cerca de um mês na cidade de Rolândia e também adquiriu farta munição.
- O criminoso negou que conhecia o casal de namorados, mas um possível vínculo será ainda investigado;
- O objetivo, segundo ele afirmou à polícia, era matar o máximo possível de pessoas;
- Ainda segundo a polícia, o criminoso estudou formas de entrar na escola e usava redes sociais clandestinas para buscar mais informações sobre atentados em escolas.
- Segundo o secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, o atirador já foi denunciado à Justiça em 2022 por esfaquear outro aluno em uma escola de Rolândia.