Atirador planejou atentado por 4 anos; veja o que a polícia já sabe

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 19/06/2023
Crime foi registrado na manhã desta segunda-feira no Colégio Estadual Professora Helena Kolody

Uma aluna de 16 anos foi morta no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, de Cambé, na região metropolitana de Londrina, no Norte do Paraná, na manhã desta segunda-feira (19).

Um outro aluno também de 16 anos foi ferido na cabeça e está internado em estado grave no Hospital Universitário (HU), de Londrina. O autor do ataque é um ex-aluno, que invadiu o local armado com um revólver. Ele planejava o crime há quatro anos.

Veja abaixo o que a polícia já sabe sobre o atentado: 

- Um ex-aluno de 21 anos chegou à escola por volta das 9h20 e pediu o histórico escolar;

- Logo depois de ser atendido na secretaria, ele pediu autorização para ir ao banheiro;

- No local, trocou de roupa e saiu armado com um revólver calibre 38. Ele também tinha uma machadinha, segundo disse o secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira;

- Ele deu tiros no corredor, mas não atingiu nenhum aluno. Na sequência, foi até uma aula de educação física, onde estava Karoline Verri Alves e o namorado dela;

- No local, ele disparou contra o casal que jogava pingue-pongue. Karoline Verri Alves morreu no local e o namorado dela está internado no Hospital Universitário de Londrina, onde passou por cirurgia. Os dois foram atingidos na cabeça pelos disparos; 

- Ele seguiu pelos corredores, gritando que iria matar mais alunos. Foi quando teria sido imobilizado por um professor, segundo afirmou o governador Ratinho Junior;

 - A PM chegou ao local e fez a prisão do jovem de 21 anos, que foi encaminhado para a delegacia de Cambé e, depois, para Londrina;

- Em depoimento, ele contou à polícia que planejou o crime por pelo menos quatro anos;

- O rapaz revelou que estudou na instituição em 2014 e afirma que foi vítima de intenso bullying por parte dos colegas; 

- Ele comprou o revólver calibre 38 há cerca de um mês na cidade de Rolândia e também adquiriu farta munição.

- O criminoso negou que conhecia o casal de namorados, mas um possível vínculo será ainda investigado;

- O objetivo, segundo ele afirmou à polícia, era matar o máximo possível de pessoas;

- Ainda segundo a polícia, o criminoso estudou formas de entrar na escola e usava redes sociais clandestinas para buscar mais informações sobre atentados em escolas.

- Segundo o secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, o atirador já foi denunciado à Justiça em 2022 por esfaquear outro aluno em uma escola de Rolândia.