A região fechou janeiro com saldo de 455 postos de trabalho com carteira assinada nos 27 municípios. O desempenho é quase quatro vezes maior que o registrado no ano passado quando a região criou 120 postos de trabalho. O saldo positivo se deve principalmente à indústria que reagiu e criou 342 vagas de emprego, o equivalente a 75% do total. A construção civil (109), agropecuária (30) e setor de serviços (14) também compõem o saldo regional. Em contrapartida, o comércio perdeu 40 postos de trabalho.
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Os dados divulgados ontem pelo Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que a maior parte dos trabalhadores foram contratados para a produção de bens e serviços industriais (493), 31 para serviços de reparação e manutenção e 30 trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca. Sobre o perfil dos trabalhadores registrados com carteira assinada, são 317 homens e 138 mulheres, a maioria com idades entre 17 a 39 anos (303). Sobre o grau escolar, a maioria (408) concluiu o ensino médio e apenas 4 terminou o ensino superior.
Arapongas é o município com maior saldo regional. A indústria foi a grande responsável pelo site positivo do município com a geração de 262 vagas de emprego. A construção civil (14) e agropecuária (3) também encerraram o mês com saldo positivo, enquanto o comércio e o setor de serviços perderam juntos 44 postos de trabalho.
O segundo maior saldo de vagas é de Apucarana que fechou o mês com 220 postos de trabalho com carteira assinada. A maior parte foi criada pela indústria (138), construção civil (50) e comércio (38). Agropecuária e serviços extinguiram juntos 6 vagas.
São Pedro do Ivaí detém o terceiro maior saldo regional. As 31 vagas de emprego foram criadas pela indústria (28), comércio (5), agropecuária (3) e construção civil. O setor de serviços perdeu seis postos de trabalho.
De acordo com o economista Paulo Cruz, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Apucarana, o setor industrial está crescendo, amparado por diversos fatores, e a estabilidade econômica proporciona uma visão de longo prazo para os empresários que podem se planejar em a novos investimentos.
“A estabilidade do dólar também impulsiona investimentos industriais, facilita a aquisição de insumos, máquinas e equipamentos, para aquelas empresas que dependem de compra do exterior. E a redução da taxa de juros também permite aos empresários uma visão de longo prazo de expectativas positivas, o que pode permitir novos investimentos e crescimento dos negócios no futuro com abertura de novas plantas industriais e contratação de mais mão de obra”, analisa.
Paraná criou 20 mil vagas no período
O Paraná foi o quarto estado que mais gerou empregos formais no mês de janeiro. Foram 20.198 novas vagas de empregos no primeiro mês de 2024. O saldo de vagas representa a diferença dos 166.747 trabalhadores admitidos em relação aos 146.549 que foram desligados de suas funções no período.
Em janeiro o estado chegou a 3.111.599 trabalhadores com carteira assinada, número inferior apenas a estados mais populosos. Esse é o melhor resultado do Paraná no Caged nos últimos 11 meses. Até então, o melhor resultado havia sido em fevereiro de 2023, quando o saldo chegou a 24.141 novas vagas de emprego. Com exceção de dezembro, quando todos os estados têm saldo negativo em razão dos desligamentos que ocorrem ao fim das festas de final de ano, o Paraná teve resultados positivos em todos os meses de 2023. Em comparação janeiro de 2023, o saldo de empregos no Paraná praticamente triplicou, de 7.210 novas vagas para as atuais 20.198.
“Os dados do Caged ajudam a mostrar que o ano de 2024 começou de maneira muito positiva para a economia do Estado. Em janeiro também crescemos 1,9% na indústria, 4% no comércio e 2% no turismo. As exportações bateram recorde, com US$ 1,82 bilhão em receitas, e também estamos no menor tempo da história em relação à abertura de empresas. Esse cenário de evolução em todos os indica dores, aliado aos investimentos do Estado em infraestrutura, projeta um ano bem bom para a economia”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Por Cindy Santos e AEN.