'Dizem que deveríamos viver na floresta': 'família lobo' relata drama

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 24/06/2015
Família é alvo de preconceito por doença genética rara conhecida como 'síndrome do homem lobo' (Foto: Eva Aridjis)

Dizem que deveríamos viver na floresta, como o que somos: animais". De toda uma vida de provocações, esse comentário é o que mais machuca Karla Aceves. E não porque seja especialmente duro demais, mas porque está acostumada a ouvi-lo quase todos os dias.

As palavras são da vizinha, há 26 anos, da casa dos Aceves na cidade de Loreto, em Zacatecas (México), e que, segundo Karla, há mais de duas décadas importuna a família ao lado por suas características raras. "É uma pressão constante", explica Karla à BBC. 

"As crianças mal podem sair na rua." Há muitas gerações, a família Aceves sofre de hipertricose lanuginosa congênita, condição mais conhecida como "síndrome do homem lobo". Ao menos 30 membros da família tiveram ou têm a síndrome. "É uma condição genética extremamente rara, que produz um excesso de pelos no rosto e no corpo das pessoas", explicou Eva Aridjis, que fez, no ano passado, o documentário Chuy, o homem lobo 

(https://www.facebook.com/ChuyElHombreLobo), para chamar a atenção para o drama enfrentado pela família.