Em 2005, Don McPherson jogava frisbee com amigos na cidade de Santa Cruz, na Califórnia, quando emprestou seus óculos escuros, usados originalmente para proteger os olhos de médicos durante cirurgias a laser, para um amigo. Ao colocá-los, Michael Angell, daltônico, percebeu que podia ver pela primeira vez a cor dos cones na estrada.
Depois disso, McPherson, que é cientista de materiais, e mais dois colegas fundaram a EnChroma Labs, que se dedica a desenvolver óculos escuros capazes de corrigir a deficiência visual de cerca de 80% das 300 milhões de pessoas com daltonismo pelo mundo. Os óculos têm preço que vão de R$ 980 a R$ 1357, em modelos esportivos e até parecidos à da marca Ray Ban, com lentes de policarbonato que absorvem luz, de forma a restabelecer a distribuição normal de fótons aos olhos, o que permite a melhor percepção das cores. Segundo o site Smithsonian, um usuário com o daltonismo vermelho-verde desde o nascimento, Marc Drucker, tem usado os óculos diariamente. “Apenas ao prová-los já foi muito transformante”, afirmou. “É muito estranho ver as coisas de forma diferente pela primeira vez em 45 anos.”