ATUALIZADA ÀS 7h18 - Presos da Unidade II da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II) se rebelaram na terça-feira (6) durante o banho de sol e a rebelião já passa de 20 horas. A
rebelião teve iníco por volta das 10h40,
quando os detentos cercaram agentes penitenciários e dominaram uma das alas.
Não há informação de agentes feridos. Os presos permanecem rebelados nesta quarta-feira (7). Onze detentos de facções rivais são mantidos reféns. Os presos já tentaram fugir duas vezes e três deles conseguiram se evadir, mas um já foi recapturado. Os rebelados utilizam rádios comunicadores e telefones celulares e à noite jogaram um detento do telhado. Ele foi socorrido pelo Siate. Por volta das 5 horas desta quarta-feira (7) foram ouvidos gritos e a polícia detonou bombas de efeito moral e fez disparos de arma de fogo com balas de borracha.
Por volta das 18
horas de terça-feira, pelo menos 10 detentos eram mantidos reféns, conforme informações repassadas pelos próprios rebelados para a polícia.
O presídio está com mais de 1,2 mil presos em um espaço que comporta
apenas 928.
Ainda não foi divulgada uma lista de
reivindicações. No entanto, há informação é de que os detentos reclamam da
administração da PEL2, da comida servida no local, da superlotação da unidade e
de maus tratos.
Detentos estenderam uma faixa sobre o telhado. No tecido, a inscrição
de uma facção criminosa, o PCC. (Crédito: Roberto Custódio/JL)
O
INÍCIO - A insubordinação dos detentos teve início quando familiares dos presos
se preparavam para a visita. Os detentos tomaram o presídio pela ala 21 e na
sequência todos os outros espaços foram invadidos.
Do alto do telhado,
alguns presos encapuzados e armados com facas fazem outros detentos reféns. Os
homens foram agredidos. Presos rebelados usam celulares para se comunicar do
telhado da penitenciária.
Segundo a Polícia
Militar, dois presos, identificados como Julio Cesar Sampaio de Jesus e Rodrigo Aparecido de Oliveira Soares, que pularam o muro da PEL II, sofreram fratura nas pernas e foram atendidos pelo Siate. Os dois estão hospitalizados. Segundo a Polícia Militar, eles relataram que fugiram com medo de morrer.
INCÊNDIO - Por volta das 18h50 de ontem (6), fumaça preta tomou conta de uma das alas do presídio. Um caminhão do Corpo de Bombeiros foi até o local para realizar a contenção das chamas. A Polícia Militar e Diretoria da PEL II não informaram sobre como o incêndio teria começado, bem como qual área teria sido atingida. A princípio, não há registro de feridos.
Mais tarde, por volta das 19h35, um novo foco de incêndio pôde ser percebido em área próxima à anteriormente atingida. Barulhos de tiros, possivelmente de balas de borracha, foram ouvidos do lado de fora da unidade prisional. Luzes apagadas Ao escurecer, várias tochas de luz faziam a iluminação ao redor da PEL II, já que as luzes internas da unidade foram desligadas. Por volta das 20h30, todas as luzes foram apagadas, deixando o local totalmente escuro.
Uma negociação oficial com os detentos foi
iniciada. O juiz da Vara de Execuções Penais (VEP),
Katsujo Nakadomari, foi chamado para acompanhar o diálogo com os criminosos
rebelados, liderado por um grupo de negociadores da Polícia Militar. A
negociação prossegue na manhã desta quarta-feira.
As informações são dos sites jornaldelondrina.com.br/ Telma Elorza e do Bonde