Polícia prende mulher suspeita de matar jovem no PR

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 30/03/2011

A polícia prendeu, no início desta tarde, Eva Cássia Ferrarezi Zeglan, de 40 anos, suspeita de ter matado uma adolescente na última quinta-feira e raptado seu filho recém-nascido. O crime ocorreu em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A criança foi abandonada ontem em frente à Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Guaraniaçu, no oeste do Paraná. Eva foi presa a caminho de Foz do Iguaçu, provavelmente com intenção de fugir para o Paraguai.


De acordo com a polícia, no carro em que ela estava foram encontradas fraldas, lenços umedecidos e a certidão de nascimento da criança. "A materialização e os indícios de autoria são fortíssimos contra ela", disse o delegado de Guaratuba, Claudimar Lúcio Lugli. Ele trabalha em conjunto com a delegacia de São José dos Pinhais.


Eva, que já foi casada e não possui filhos, é vizinha de familiares da vítima em Guaratuba, no litoral do Paraná. Ela foi ouvida nesta tarde em Foz do Iguaçu e negou o homicídio. "Mas já admitiu que abandonou a criança", disse Lugli. "A história que ela conta é muito confusa".


A mãe e a criança foram acompanhadas pela avó, no dia 24, até um posto de saúde em Guaratuba para fazer o exame do pezinho. A avó as deixou próximo à residência onde a jovem morava com o marido, o pedreiro Jefferson de Góes, de 33 anos. Testemunhas dizem ter visto a mãe e a criança entrando no carro de Eva.


A adolescente foi encontrada dois dias depois, morta por asfixia, às margens de uma estrada rural em São José dos Pinhais, distante cerca de 100 quilômetros. Segundo o delegado, ainda não é possível saber se a jovem foi morta em Guaratuba e abandonada na cidade vizinha ou se o homicídio ocorreu onde estava o corpo.


Ontem, o bebê foi abandonado em uma igreja de Guaraniaçu, no oeste do Paraná. Perto havia um bilhete: "Cometi um erro. Comprei esta criança por 1.500 reais da mãe que parecia drogada e de um homem também viciado. Somente ontem vi as notícias de que a mãe havia sido morta em São José dos Pinhais. Quando eu e meu marido saímos de lá ela estava viva e não temos nada a ver com isso. Só queríamos amar este bebê".


"Está enrolada até o pescoço", afirmou o delegado de Guaratuba. "A motivação ainda tem que ser esclarecida, mas era intenção da autora ficar com a criança". Ele não descarta que mais pessoas possam ter ajudado a mulher. O menino está sob guarda do Conselho Tutelar em Guaraniaçu, mas Lugli disse que estava em contato com o Ministério Público e com o conselho para tomar as medidas legais que permitam entregá-lo ao pai. Por enquanto, o reconhecimento da criança foi feito apenas por meio de fotografia.