Polícia investiga suposto trote violento em Lorena-SP

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 04/02/2011

A Polícia Civil e a direção do Centro Universitário Salesiano (Unisal), de Lorena (SP), estão a procura dos supostos agressores, que teriam cometido trote violento contra pelo menos quatro calouros daquela instituição de ensino. Os fatos teriam ocorrido na última segunda-feira, 31, num bar a cerca de 300 metros da escola, onde alunos veteranos teriam obrigado os novatos a ingerir bebidas alcoólicas como cachaça e vodca.


O excesso de bebidas teria provocado convulsão em dois alunos, que foram parar na Santa Casa local, onde receberam cuidados médicos e foram dispensados. Além disso, um dos alunos, que não quis se identificar, contou que eles tiveram as roupas rasgadas, o cabelo cortado e o rosto pintado, além de terem sido obrigados a dar dinheiro para a compra das bebidas.


"Eles colocam a garrafa na nossa boca, sem chances da gente cuspir. Eu cheguei a desmaiar", afirmou o calouro, morador de Cachoeira Paulista, cidade vizinha de Lorena. O fato acabou sendo levado à delegacia pelos familiares das vítimas. A polícia já instaurou inquérito para apurar se houve ou não violência e quem são os responsáveis.


"Não temos ainda a identificação dos possíveis agressores, mas embora não tenha havido agressões físicas, se for confirmada a versão das vítimas, os culpados podem responder por crime de constrangimento e periclitação de vida", disse o delegado Hugo Parreiras de Macedo, titular do 2º distrito policial, onde o boletim de ocorrência foi registrado.


O diretor operacional do Centro Unisal, Fábio Garcia dos Reis, disse que a instituição também está trabalhando para identificar os possíveis culpados e colabora com a polícia. "Isso é algo que não aceitamos. Na Unisal nunca tivemos trote violento", afirmou. Em nota, o Centro Unisal destacou que "repudia veementemente esse tipo de ocorrência" e ainda que "o sentimento geral entre os estudantes também é de repúdio aos episódios do dia 31, como vários deles já se manifestaram junto aos professores, aos diretores, ou na mídia social".