Manifestantes pedem reformas políticas na Jordânia

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 04/02/2011

Centenas de jordanianos, inspirados pelo levante popular no Egito, realizaram protestos hoje contra o novo primeiro-ministro do país, Marouf al-Bakhit, que o rei Abdullah II nomeou para o cargo na terça-feira, para tentar acalmar a oposição. Embora menores que nos dias anteriores, os protestos de hoje em Amã e outras cidades incluíram tanto islamitas quanto opositores de partidos laicos.


Hoje também ocorreram manifestações em outros países de maioria islâmica, como Turquia, Malásia e Iraque, com populares pedindo a renúncia imediata do presidente do Egito, Hosni Mubarak, e também melhores condições de vida nos próprios países.


Na Jordânia, os protestos tiveram um caráter mais local e os manifestantes pediram empregos, o fim da corrupção e alimentos com preços menores. "Nós queremos empregos e o fim da corrupção, que deixa os funcionários públicos ricos às nossas custas", disse Mahmoud Abu-Seif, um desempregado de 29 anos, que se juntou a uma manifestação de 150 pessoas na cidade de Karak.


O líder da Frente Islâmica de Ação, que é o braço jordaniano da Irmandade Muçulmana do Egito, Nimer al-Assaf, disse que o grupo dará um tempo para o novo primeiro-ministro mostrar serviço e realizar mudanças políticas e econômicas. "Agora nós estamos muito otimistas de que as mudanças acontecerão", disse.


Mundo islâmico


Na Turquia ocorreram manifestações de simpatizantes islamitas em solidariedade aos egípcios. "Não à ditadura", diziam cartazes que ativistas turcos exibiam perto da mesquita de Beyazit, em Istambul. Na capital turca, Ancara, dezenas de manifestantes marcharam até a embaixada do Egito, onde o ditador Hosni Mubarak foi chamado de "filhote de Israel".


Na Malásia, país onde metade da população é muçulmana, ocorreu um protesto em Kuala Lumpur, com centenas de pessoas marchando até a embaixada dos Estados Unidos e pedindo que o país force Mubarak a renunciar imediatamente.


Em Bagdá, cerca de 100 iraquianos se reuniram na entrada do mercado de livros Mutanabi, onde pediram maiores liberdades civis. As informações são da Associated Press.