Ipea: maioria vê desrespeito a pedestres e ciclistas

Autor: Da Redação,
terça-feira, 25/01/2011

A maioria da população brasileira percebe desrespeito a pedestres e ciclistas, de acordo com levantamento divulgado ontem, em São Paulo, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O índice mais alto daqueles que nunca veem respeito aos pedestres e ciclistas está no Nordeste: 47,3%. Já 15,9% raramente veem respeito. Nessa região, 17,9% acham que sempre há respeito e 18,4% o veem na maioria das vezes.


Na outra ponta está a Região Sul, onde 42,4% alegaram que sempre há sentimento de respeito aos pedestres e ciclistas e 17% disseram que ele existe na maioria das vezes. Para 20,3%, raramente há respeito e somente 15,3% afirmaram que ele nunca existe. A soma dos que nunca veem respeito com aqueles que não o percebem na maioria das vezes é mais alta na Região Centro-Oeste, com 63,6%, seguida do Nordeste (63,2%), Sudeste (62,4%), Norte (57%) e Sul (35,6%).


A pesquisa também avaliou a adequação e adaptação do meio de transporte mais usado por portadores de necessidades especiais. Para 31,2% dos brasileiros, os transportes estão sempre adaptados às suas necessidades e 14,9% responderam que ele está adaptado na maioria das vezes. Já 5,7% dos entrevistados alegaram que raramente o meio de transporte está adequado às suas necessidades e 34,8% responderam que nunca está adaptado.


Os mais satisfeitos nesse quesito estão na Região Sudeste, onde 51,2% dos entrevistados disseram que os transportes estão sempre adaptados às suas necessidades. Apenas 4,8% responderam dessa forma no Norte, região em que o índice é o mais baixo. Para 45,5% da população nas regiões Centro-Oeste e Nordeste os transportes nunca estão adaptados às suas necessidades.


A pesquisa do Ipea, chamada de Sistema de Indicadores de Percepção Social: Mobilidade Urbana, ouviu 2.770 pessoas em todos os Estados do País e utilizou a técnica de amostragem por cotas, a fim de garantir proporcionalidade no que diz respeito à população. A margem máxima de erro por região é de 5%.