Caso Madeleine : pais são incriminados

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 16/12/2010
Madeleine McCann desapareceu em 2007

Entre os 250 mil documentos vazados pelo site WikiLeaks, um deles se refere ao misterioso sumiço da menina britânica Madeleine McCann em uma praia de Portugal no ano de 2007. Segundo o jornal espanhol El País, a polícia britânica teria encontrado provas contra os pais da criança, suspeitos de matar e ocultar o corpo.

O despacho confidencial foi enviado de Lisboa no dia 29 de setembro daquele ano, apenas 20 dias depois do desaparecimento. Nele, o embaixador do Reino Unido em Portugal, Alexander W. Ellis, admite ao embaixador americano Alfred Hoffman que a polícia de seu país recolheu provas do crime.

De acordo com o El País, Ellis revela no documento que os pais de Madeleine, Gerry e Kate, passaram a ser suspeitos após detetives, com a ajuda de dois cães trazidos da Inglaterra, encontrarem evidências da possível morte de Madeleine.

Segundo o embaixador, havia odor de corpo, sangue e fluidos corporais na parede do apartamento e no porta-malas do carro que os McCann tinham alugado em Algarve, onde a família passava férias.

O fato nunca foi admitido antes nem pelo governo, nem pelos porta-vozes da família. Na época, meios de comunicação lusos e espanhóis tinham feito a mesma revelação, mas não obtiveram a confirmação.

Como lembra o El País, essas provas, junto de contradições nos depoimentos, levou a polícia portuguesa a declarar que os pais Kate e Gerry McCann passavam a ser suspeitos da matar a própria filha.

Três dias depois, o casal organizou uma fuga na madrugada da Praia da Luz para o aeroporto de Faro, e de lá para a Inglaterra. Em 21 de julho de 2008, o procurador-geral de Portugal decidiu arquivar o caso e exonerou os pais por falta de provas.