Número de PMs lotados no Palácio dobra

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 13/12/2010

Enquanto faltam policiais militares nos batalhões que patrulham as ruas de São Paulo, sobram homens na Casa Militar (CM). Em 4 anos, o total de homens do órgão aumentou 120%. Ele é o responsável pela segurança dos palácios do governador, por sua escolta e a da primeira-dama e pela Defesa Civil. No mesmo período, o policiamento cresceu 0,9%.

Embora o efetivo da CM seja fixado por decreto do governador em 361 homens, o órgão, que mantém status de secretaria, tem hoje quase o dobro. São 657 PMs que trabalham lá, segundo dados do Estado Maior da Polícia Militar. Esses 296 policiais que ultrapassam o total de homens previsto seriam suficientes para criar um novo batalhão de policiamento em São Paulo.

Por meio de nota oficial, o governo do Estado respondeu que o "efetivo da Casa Militar é dimensionado para atender às necessidades do governo". Segundo a nota, a principal delas "é a prestação de socorro e apoio às atividades da Defesa Civil". "Nos últimos anos, o Estado sofreu as maiores enchentes da sua história, mobilizando grande efetivo para atender a população, especialmente nas áreas do Jardim Romano (zona leste da capital) e no município de São Luís do Paraitinga, no Vale do Paraíba", informou a nota oficial do governo.

Não é o que disseram ao Estado oficiais da PM e até o ex-governador Cláudio Lembo (DEM). Segundo eles, o inchaço do órgão é um fenômeno recente. Quando Lembo deixou o governo, em 31 de dezembro de 2006, havia 298 PMs ali, um número bem menor do que era então o efetivo legal (359). "Os números atuais são excessivos. Não há ação na Defesa Civil que o jus